Uma jaqueta bomber é a primeira roupa impressa em 3D e vendida em escala comercial. O feito é da jovem estilista israelense Danit Peleg, uma das maiores especialistas no assunto, que criou a peça e a disponibilizou no lançamento de seu e-commerce danitpeleg.com.
Danit, tema de reportagem da edição de novembro passado desta Vogue, veio ao Brasil em duas ocasiões nos últimos dois anos. Primeiro para participar do WeAr 2015, festival de tecnologia e moda, e depois para vestir a atleta deficiente física Amy Purdy, na cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos.
Amputada das duas pernas, a participação de Amy gerou uma das imagens mais fortes do evento e trouxe ainda mais atenção para o trabalho inovador da estilista.
A impressão 3D é tema de grande interesse na moda. Acessórios, detalhes e aplicações desenvolvidos em máquinas 3D, não são novidade. A jaquetaImagine é feita de filamento, o Filaflex e vem com forro tradicional para aumentar o conforto. Fabricar roupas digitalmente ainda tem muitos desafios.
Cada uma das jaquetas leva 100 horas de máquina para ficar pronta, consumindo, além de tempo, muita energia. Mas é certo que novas máquinas já transformam o sistema de produção da moda, entre elas a cortadora a laser e o scanner corporal.
"Um dia a gente vai poder fazer o download do modelo e imprimir em casa”, acredita Danit. Enquanto isto não acontece, no site danitpeleg.com você pode personalizar, customizar e comprar a jaqueta que vai ser produzida na Espanha e finalizada em Tel Aviv.
Só serão produzidas 100 unidades e, em cada, dá para escolher a cor do "tecido" 3D e também do forro, e escrever uma palavra de até cinco letras nas costas, ao valor de US$ 1.500.
Desde 2015, quando apresentou seu projeto final na faculdade, Danit é sucesso internacional. O seu feito foi a persistência para solucionar todos os entraves e criar, desenvolver e finalizar em casa uma coleção de roupas com uma impressora 3D de pequeno porte.
