30/08/2024 às 16h40min - Atualizada em 30/08/2024 às 16h40min

​Colégio Ecel realiza a XI Mostra Literária

Alunos do 6º ao 9º ano escolheram poemas dos autores Berta Ribeiro e Lêdo Yvo para elaborar os trabalhos

- REGIANE ROMAO
O Colégio Ecel, juntamente com as professoras Juliene Fabian Alexandre (Língua Portuguesa / Literatura) e Regiane Maria Ferreira (Língua Portuguesa / Literatura) realizou a XI Mostra Literária, nas dependências do Colégio na última quarta – feira (28). Alunos do 6º ao 9º ano apresentaram diversos trabalhos inspirados nos autores Berta Ribeiro e Lêdo Yvo. Ambos comemoram em 2024 o centenário de nascimento.
O que é uma mostra literária?
Representa um momento de síntese desencadeado pela leitura de determinados gêneros de texto, esse ano os trabalhos foram desenvolvidos através de inspirações em poemas dos autores homenageados, pelo conhecimento de suas principais características e pela produção de textos e outros tipos de trabalhos que promovem então novas atividades de leitura.
A professora Juliene Fabian Alexandre destacou a importância de explorar diversos autores e diversos estilos durante a Mostra Literária. “Durante a elaboração dos trabalhos os alunos se envolvem com o material do autor, esse ano os poemas de Berta Ribeiro e Lêdo Yvo, além disso, eles tem a própria interpretação dos trabalhos dos autores. Importante destacar também que a Mostra Literária envolve toda a família, já que os alunos conversam com os pais sobre o trabalho, pedem opinião, leem os poemas com eles. Sabemos que todas as vezes que tem essa interação entre escola e pais é um grande incentivo para os alunos”, explicou a professora Juliene.
Já a professora Regiane Maria Ferreira ressaltou que os alunos estavam bem engajados e que entraram no mundo dos poemas. “A Literatura faz parte da nossa vida, tudo é muito atual, um exemplo é o trabalho dos alunos do 9º que trouxe a ditadura militar (regime instaurado no Brasil em 1 de abril de 1964 e que durou até 15 de março de 1985, sob comando de sucessivos governos militares), um tema que em 2022 foi trazido à tona, e com o trabalho os alunos puderam ter essa percepção”, disse a professora Regiane.
A diretora Geral do Colégio Ecel, Joelma Cristina de Almeida da Costa acrescentou que o Colégio Ecel busca incentivar cada vez mais a leitura e reforça a importância de apresentar autores para os alunos, já que quando um ou mais nomes são propostos para a realização da Mostra Literária é necessário que seja feita pesquisas para conhecer não apenas as obras, mas também a vida dos autores. “Sabemos que atualmente os jovens tem dificuldade em leitura, já que a tecnologia faz parte da vida deles, e isso diminui um pouco o interesse pelos livros”, disse Joelma Cristina de Almeida da Costa.
A coordenadora pedagógica do Ensino Fundamental 2 e Ensino Médio, Ângela Maria Balestero destacou que o Colégio Ecel já apresenta a literatura aos alunos no 6º. “Os alunos leem os livros bimestralmente e isso já faz com que eles tomem gosto pela leitura. Todas as obras trabalhadas são relacionadas ao vestibular, e isso já é uma preparação para os alunos. Trabalhamos com o aprofundamento da leitura, para preparar melhor o aluno para o vestibular”, explicou Ângela.
Os alunos do 9º ano, Júlia Rafaela e Guilherme Fonseca apresentaram um trabalho, inspirados em um poema de Lêdo Yvo relacionada a Ditadura Militar. Além de uma belíssima explicação sobre os períodos sombrios da ditadura, os alunos fizeram uma comparação com os dias atuais, quando em 2022 algumas pessoas pediam a volta da Ditadura Militar. “Em 2022 algumas pessoas pediam a volta da Ditadura Militar, mas não é possível saber se seria bom para todos, já que dá primeira vez todos achavam que seria bom, e não foi”, ressaltou Guilherme Fonseca.
A aluna Júlia Rafaela explicou que Lêdo Yvo escreveu o poema baseado em sua vida, quando começou a aprender a ler e escrever e depois, quando adulto falando sobre o povo e a greve.
 AUTORES TRABALHADOS NA XI MOSTRA LITERÁRIA
BERTA RIBEIRO
Quando não estava em campo, Ribeiro refugiava-se no seu escritório, em seu apartamento em Copacabana no Rio de Janeiro, onde datilografava artigos, livros e cartas na sua máquina de escrever — e posteriormente, tornou-se uma aficcionada pelo uso do correio eletrônico.[12] Ainda em seu apartamento, as estantes refletiam as aquisições, o intercâmbio e uma produção que alcançou nove livros e mais de quarenta artigos publicados,[12] além de armazenar um acervo pessoal de aproximadamente 368 peças, reunidas durante os mais de quarenta anos de pesquisas etnográficas realizadas em diversas comunidades indígenas no interior do Brasil desde a década de 1950,[20] com contribuições de Darcy Ribeiro e do antropólogo Eduardo Galvão — e que destinavam-se a viabilizar o projeto do Museu do Índio a ser implantado em Brasília,[12] atual Memorial dos Povos Indígenas. Doados por Darcy Ribeiro em 1995, esses objetos foram finalmente recebidos pela instituição como acervo permanente em abril de 2020 nas comemorações dos 60 anos de Brasília e após 33 anos da construção do museu.[21]
LÊDO YVO
Poeta que representa a chamada Geração de 45, Lêdo Ivo nasceu em Maceió (AL). Aos 19 anos mudou-se para o Rio de Janeiro, onde começou a colaborar na imprensa carioca como jornalista e, como era comum na época, bacharelou-se em Direito.
Em 1944, publicou seu primeiro livro de poesia, As imaginações. À obra de estreia, se seguiria intensa produção poética, com Ode e elegia, de 1945, e Ode ao crepúsculo, do ano seguinte, além de muitos outros, até Finisterra, de 1972. Quando completou 80 anos, a editora Topbooks publicou sua Poesia completa, que inclui Plenilúnio, de 2004.
Seu primeiro romance, As alianças, foi publicado em 1947, mas foi com Ninho de cobras, de 1973, traduzido para várias línguas, que Lêdo Ivo conquistou notoriedade como romancista. Entre os muitos livros de ensaios que publicou, destaca-se a coletânea O ajudante de mentiroso, de 2009. O autor foi membro da Academia Brasileira de Letras, onde tomou posse na cadeira 10 em 1987. Cáustico na crítica e nos comentários, muitas vezes conservou esse tom nas memórias de Confissões de um poeta, de 1979, e O aluno relapso, de 1991. Aos 87 anos, publicou o livro de memórias O vento do mar, em que reuniu 27 ensaios e 40 poemas.
Lêdo Ivo morreu em Sevilha, na Espanha, em 23 de dezembro de 2012.
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