12/09/2017 às 13h59min - Atualizada em 12/09/2017 às 13h59min

NYFW: Grifes apostam na diversidade de biotipos na passarela

Chromat e Miaou são algumas das marcas que optaram por um casting com mulheres curvilíneas para apresentar as peças das coleções de primavera/verão 2018

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A tendência que se mostrou forte no São Paulo Fashion Week, com a aposta de várias marcas brasileiras em mulheres reais nas passarelas, também aparece no New York Fashion Week. As marcas internacionais se despertam para o fato de que uma moda democrática também precisa de uma apresentação em que o consumidor se relacione com o produto. Para isso, nada melhor do que vestir as peças das novas coleções em corpos diversificados.
 
A nova iorquina Chromat, conhecida pela moda praia e esportiva, apostou por um casting onde não só uma outra modelo eram curvilíneas. Mais de 80% das mulheres apresentaram biotipos fora do padrão magro das passarelas tradicionais. A estrela do show foi Jordyn Woods, a melhor amiga de Kylie Jenner, que tem 115 cm de quadril e atualmente faz parte da agência Wilhelmina International.
 
O que também chamou atenção no desfile primavera/verão 2018 da Chromat foram as faixas anti-fricção da Bandelettes. As faixas, colocadas em volta das coxas, diminuem o atrito com a pele, principalmente ao usar saias e vestidos. Seria um chamado para o fim da moda do "thigh gap" - expressão em inglês que remete ao espaço largo entre as pernas que as modelos magras geralmente possuem. Esse acessório, apresentado na passarela de uma das semanas de moda mais importantes do mundo, pode vir a se tornar uma tendência maior nas próximas temporadas.
 

 
Outra marca estrangeira que investiu em diversidade foi a Miaou. Selena Gomez e Bella Hadid são fãs dos jeans da grife. Para a apresentação dessa temporada, o casting foi feito com mulheres escolhidas pelo Instagram. O resultado mostrou que as peças ficam bem em tipos físicos variados. Teve manequim com curvas usando top cropped e macacão tomara-que-caia xadrez.
 
Os desfiles deixaram de ser apenas para os editores e alto influentes da moda, pois agora estão a um clique de distância no celular. Com essa realidade, as vendas também passam a estar diretamente relacionadas com o que é visto na passarela. Aos poucos a moda está se abrindo para o fato de que as modelos são mais do que um simples cabide para as roupas. Elas fazem parte de um conjunto da obra, pois são nelas que as peças são apresentadas para o público. Vida longa a este novo olhar!
 

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