24/07/2017 às 15h01min - Atualizada em 24/07/2017 às 15h01min

"Estou virando um leão", diz Junior Lima, que será pai em setembro

Irmão de Sandy levará projeto de música eletrônica para o Rock in Rio

epoca.globo.com - Bruno Astuto
Junior Lima já tinha se apresentado duas vezes no Rock in Rio – uma com a irmã, Sandy, com quem formou dupla de sucesso, e outra com a banda Dexters. Agora, o músico se prepara para voltar ao festival, no dia 22 de setembro, no duo de música eletrônica Manimal, em parceria com o DJ Julio Torres. “Queremos que o público bote os demônios para fora na pista de dança”, avisa Junior, que, até lá, já será pai de Otto, filho de sua relação com Mônica Benini, grávida de sete meses. “Desde a notícia, já me sinto diferente.”
 
ÉPOCA – Há dez anos, você e Sandy dissolveram a dupla. Alguma previsão de revival?
Junior Lima
– Tive a necessidade de encontrar minha individualidade como artista, o que eu consegui nesses anos. Nossa relação é hoje de irmãos que se dão muito bem. Os encontros são familiares e não mais profissionais. Antes, isso ficava mais em segundo plano e a relação se desgastava um pouco. Antigamente, sentávamos para almoçar e só falávamos de trabalho. As pessoas ainda têm dificuldade de ver o momento atual, querem nos levar para um caminho que não quero.
 
ÉPOCA – Está ansioso com a paternidade?
Junior Lima
– Otto deve nascer daqui a uns dois meses, não é? Acho que só vou descobrir mesmo quando a hora chegar, mas já sinto uma responsabilidade maior. Estou virando um leão, no sentido de cuidar da cria, tipo um instinto de proteção mesmo. Isso deu um gás para o trabalho também.
 
ÉPOCA – As noitadas diminuíram?
Junior Lima – A gente vai mudando, não é? Quando tenho muitos shows, seguro mais a onda na bebida, para administrar tudo melhor, senão acordo quebrado. É preciso se poupar para o dia seguinte. Estou numa fase agora que não é mais de curtir a noite. É trabalho, minha esposa grávida em casa, ando muito família mesmo.
 
ÉPOCA – Agora que vai ser pai, a crise no país o assusta mais?
Junior Lima – Fico apreensivo. A limpeza está vindo, mas tenho ouvido uns discursos complicados ganhando força, de gente que quer exterminar as minorias. Há muito fascismo. Eu procuro me posicionar. Sou vegetariano, por exemplo, e luto contra essa indústria alimentícia cheia de agrotóxicos e venenos que nos é empurrada. A gente primeiro precisa mudar a gente mesmo. Mudar o outro é uma guerra perdida.


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