13/07/2017 às 15h42min - Atualizada em 13/07/2017 às 15h42min

Monica Iozzi cria manual para sobreviver em Brasília e assume ter sofrido assédio

No 'Conversa com Bial' desta quarta-feira (12/7), a atriz fez balanço da carreira, relembrou a infância e brincou sobre ser cantora

Emilia Kuster
Monica Iozzi é atriz, apresentadora e não é por acaso que chegou a ocupar o posto de influenciadora nas redes sociais, despretensiosamente. A jovem de Ribeirão Preto tem jogo de cintura e não fugiu de nenhum assunto no Conversa com Bial, falou com carinho do longa "Divina Comédia", do início da carreira e de seu jeito perfeccionista, mas também circulou por assuntos ácidos, como a passagem por Brasília e o processo de Gilmar Mendes.
 

 
Monica Iozzi brincou sobre carreira de cantora
 
“A minha meta de vida é ter uma nova carreira a cada dois anos, estou indo por aí. Nos próximos dois eu vou cantar, nos próximos dois eu vou apresentar um programa de entrevistas e lá para 2022 eu vou estrear meu grande sonho, que é um programa infantil. Quero uma coisa meio Mara Maravilha, sabe? (risos)”
 
Fã de carteirinha de Heleninha Roitman
 
“Tenho muito orgulho das minhas vergonhas. Sempre quis ser atriz, a gente não tinha cultura de ir ao teatro, mas eu, aos 6 anos, assistia a Tieta, minha mãe era louca (risos). Eu quis ser atriz porque eu queria fazer a Heleninha Roitman, uma bêbada maravilhosa. Aí teve um festival de teatro no shopping da cidade, daí fui”
 

 
Infância em Ribeirão Preto
 
“A gente não tinha muito dinheiro. O dinheiro era para a escola e uma casa legal. Então a gente teve uma educação ótima, a gente fazia balé, natação, tudo”
 
Fernanda Montenegro ou Tiririca?
 
“Eu acho que estou achando meu lugar. É muito engraçado, a minha carreira nunca foi muito pelo caminho que eu acreditava. Já deixei de ser um pouco o Tiririca, graças a Deus. Mas estou achando meu lugar. Se eu chegar um dia a 10% da Fernanda Montenegro já estou muito feliz”
 
Parceria com Tony Ramos
 
“O Tony é muito acima da média, fez 52 anos de carreira e é de uma simplicidade. Quando vi que ia contracenar com ele, fiquei muito nervosa, mas aí ele me abraçou desde o início. Ele dava apontamentos muito precisos. Às vezes, eu estava insegura com uma cena, ele falava ‘Moniquinha tenta dar a essa fala um tom abaixo’. Ele é de uma competência que tudo que ele falava eu seguia”
 
Comédia Divina, segundo trabalho com o Diabo
 
“É engraçado dois trabalhos seguidos em que eu faço uma personagem que contracena com o diabo. Fiquei me perguntando um tempo se tinha cara de encapetada. Talvez seja porque os diretores pensam ‘hum, ela trabalhou 4 anos em Brasília, ela viveu num ambiente diabólico, vai dar certo’”
 

 
3 coisas básicas para sobreviver em Brasília
 
“Horrível o que vou falar, mas Brasília fede. Os corredores do Congresso são de carpete, não tem ar condicionado, é aquela temperatura, aqueles homens com aqueles ternos, vai ficando um negócio fedido, sei lá. Primeira dica é respire pela boca porque lá é terrível”
 
“Saiba lidar com cantadas pesadas de lá. Muitas vezes eles usam o assédio sexual como assédio moral, entende? Quem é você, gostosinha? E ficam tentando colocar a mão em você. Você tem que se colocar muito”

“Se você for repórter lá, estude muito. A gente tem a mania de jogar os políticos no mesmo saco, a grande maioria é corrupto, mas tem muita gente boa que se esforça lá dentro”
 

 
E não esqueça: o Conversa com Bial vai ao ar de segunda a sexta, após o Jornal da Globo

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