A liderança do Paraná no ranking Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2023 e os novos investimentos na rede estadual de ensino são destaques do Balanço Trimestral da Educação, apresentados nesta terça-feira (17) em evento que reuniu mais de 2 mil pessoas no Canal da Música, em Curitiba. O encontro tratou dos principais avanços registrados entre os meses de abril e junho, por meio de iniciativas da Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR).
O secretário Roni Miranda enfatizou o desempenho no Ideb. “O resultado mostra o comprometimento de toda a nossa rede de ensino em oferecer uma educação de qualidade. O Paraná é hoje referência nacional no Ideb, liderando tanto no ensino médio quanto no fundamental. Isso é fruto do trabalho conjunto de professores, alunos, famílias e gestores", afirmou.
O Ideb é realizado a cada dois anos pelo Ministério da Educação e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O Paraná tem a melhor educação do Brasil tanto no ensino médio quanto no ensino fundamental (anos iniciais e finais). No ensino médio, a nota do Estado subiu de 4,8 para 4,9 entre 2021 e 2023, mantendo a liderança nacional à frente de Goiás e Espírito Santo, ambos com 4,8. A média nacional é de 4,3.
Na rede estadual, a nota do ensino médio é de 4,7, próxima de Goiás (com 4,8), registrando um aumento de 0,1 em relação a 2021. No ensino fundamental, anos finais (6º ao 9º ano), o Paraná passou de 5,4 para 5,5, assumindo a liderança junto com Ceará e Goiás, ambos também com índice 5,5 – acima da média nacional de 5. O Estado também lidera na rede pública para essa faixa etária, com 5,4.
RECURSOS EDUCACIONAIS DIGITAIS – O aprimoramento dos recursos educacionais digitais e aquisição de novos dispositivos eletrônicos como ferramentas de apoio aos trabalhos em sala foram celebrados como fatores de impacto para o bom desempenho na área da educação.
Com investimento de R$ 75,4 milhões em novos equipamentos, somente neste ano, a rede estadual oferece mais de 22 mil educatrons; mais de 49 mil desktops; 53 mil notebooks e 50 mil tablets utilizados diariamente pelos estudantes como ferramentas de apoio em sala de aula. Além disso, o investimento de mais R$ 40 milhões na migração das conexões via satélite para fibra ótica nas escolas facilitou o acesso aos recursos educacionais online, promovendo um ambiente de aprendizagem mais dinâmico e conectado.
O balanço destacou, também, a ampliação dos Recursos Educacionais Digitais, que facilitou o engajamento dos estudantes aos conteúdos trabalhados em sala e contribuiu para a melhoria do aprendizado. "Os números expressivos de acessos às nossas plataformas de educação mostram o engajamento de alunos e professores com as ferramentas digitais, representando um avanço significativo na modernização do ensino e na democratização do conhecimento em todo o Paraná”, ressaltou o secretário.
Desde o começo do ano de 2024, por meio da ferramenta Redação Paraná, mais de 4 milhões de textos foram escritos pelos alunos da rede estadual. Já por meio do programa Leia Paraná, 655.518 livros foram lidos pelos estudantes. A Khan Academy (voltada ao ensino na Matemática), registrou mais de 11 milhões de atividades realizadas e a Matific (também de Matemática), teve 499 milhões de atividades concluídas. Com o Inglês Paraná, em torno de 14 milhões de lições de inglês foram feitas e pela Inglês Professor cerca de 42 mil de aulas foram ministradas.
PROGRAMAÇÃO E ROBÓTICA – Presente entre os componentes curriculares da rede estadual desde 2022, o ensino da robótica registrou avanços importantes neste segundo trimestre de 2024. Graças ao investimento de aproximadamente R$ 30 milhões em novos kits de robótica, agora mais de 160 mil alunos têm acesso a práticas do futuro mercado de trabalho, que demandará profissionais aptos a lidar com tecnologias avançadas.
O mesmo vale para o componente de programação, que alcançou mais de meio milhão de alunos da rede estadual de ensino, somando mais de 1 milhão de atividades realizadas.
INFRAESTRUTURA – Os investimentos em mobiliário, transporte, materiais, suprimentos e alimentação na rede estadual também foram destacados entre os principais indicadores de abril a junho deste ano. Por meio do Instituto de Desenvolvimento Educacional do Paraná (Fundepar), R$ 55 milhões foram investidos em novos aparelhos de ar-condicionado, conjuntos escolares, armários, estantes de aço, cadeiras giratórias, refrigeradores e demais itens destinados às escolas.
Além disso, no período, foram mais de R$ 184,6 milhões para transporte escolar e R$ 307 milhões para alimentação – 26 milhões de quilos de alimentos. Em pequenos reparos, como roçadas e pinturas, o Fundepar realizou mais de 850 atendimentos a escolas em todo o Estado e dá andamento a 13 ampliações, 89 reformas maiores e construção de sete novas escolas, totalizando R$ 220 milhões de recursos investidos.
“Ao alocar recursos significativos para mobiliário, equipamentos, transporte escolar, alimentação, obras e reformas, estamos não apenas melhorando a estrutura física das escolas, mas também assegurando um ambiente de aprendizagem mais seguro e estimulante para os alunos. Cada recurso investido representa uma oportunidade a mais para o desenvolvimento e o futuro das crianças e jovens”, destacou Eliane Teruel Carmona, diretora-presidente do Fundepar.
NOVOS ANÚNCIOS – No encontro, novos programas de iniciativa da Secretaria da Educação foram anunciados para os próximos meses, entre eles o Aprova Paraná, sistema de gestão de inscrições das universidades estaduais do Paraná que visa democratizar o acesso ao ensino superior, garantindo que 20% das vagas sejam destinadas a alunos concluintes de escolas públicas que realizaram a Prova Paraná Mais.
“O sistema vai garantir, a partir de 2025, uma chance a mais para 100 mil alunos do Ensino Médio de escolas públicas do Estado de entrarem em uma das sete universidades estaduais do Paraná, que estão entre as melhores da América do Sul”, afirmou o secretário.
Outra novidade a ser viabilizada nos próximos meses, o programa Parceiro da Escola promete otimizar a gestão administrativa e de infraestrutura das escolas através de parcerias com instituições especializadas em gestão educacional. O objetivo é permitir que diretores e gestores se concentrem mais na qualidade educacional, desenvolvendo metodologias pedagógicas, treinando professores e acompanhando o progresso dos alunos.
As instituições elegíveis ao programa passarão por processo de votação, no mês de novembro, do qual participam professores, pais e alunos que optarão ou não pelo novo modelo.