27/06/2017 às 15h24min - Atualizada em 27/06/2017 às 15h24min

No ar em 'Novo Mundo', Caio Castro fala da carreira e de fama

Emilia Kuster
Atuando pela primeira vez em uma novela de época, Caio Castro, o  Dom Pedro de "Novo Mundo", conta quais os principais desafios de interpretar uma figura que viveu entre o século XVIII e XIX:
 
- Poderia dizer que o fato de não termos nenhum registro audiovisual da época iria dificultar meu trabalho, mas vi na ausência desse material uma oportunidade de construir um personagem único, autoral e irreverente. E, claro, sendo fiel aos registros históricos e às orientações da direção artística.
 
Antes de a trama começar, Caio passou dez dias em Portugal para se preparar para o papel e para treinar o modo de falar:
 
- O sotaque foi um ponto bastante delicado, lutei muito por ele. Eu mesmo pedi para fazer. Uma vez que me foi dada essa oportunidade, precisava mostrar um trabalho de qualidade.
 
Com mais de 15 tatuagens, o ator esconde os desenhos antes de entrar em cena:
 
- O processo é diário e, dependendo de como está o movimento na sala de caracterização, eu mesmo cubro. Levo, em média, de dez a 15 minutos quando faço apenas as das mãos. Para cobrir o corpo todo, precisamos de uma hora e de dois profissionais trabalhando.
 
Em 2017, a participação no quadro do "Caldeirão do Huck" que o lançou como ator completará dez anos. Depois do concurso, Caio estrelou a temporada de 2008 de "Malhação" e, de lá para cá, esteve em outras quatro novelas da emissora antes de chegar a Dom Pedro:
 
- Esses dez anos de carreira mudaram completamente a minha vida. Tive oportunidades, experiências e vivências que fizeram valer muito a pena cada noite em claro, cada sacrifício, cada soneca em chão de aeroporto. Enfim, tudo o que não aparece nas capas de revistas. E graças a isso tenho a maturidade de hoje. Sou muito feliz.
 
Nesse período, Caio conta que aprendeu a lidar com a fama e garante que não se incomoda com o assédio dos fãs:
 
- Acho que dez anos é tempo suficiente para aprender algo, mas ainda não me acostumei com isso tudo (com a fama) e nem quero também. O reconhecimento nas ruas, dentro da nossa sociedade, que tem como cultura assistir a novelas, serve para medir a aceitação dos meus personagens. Se as pessoas não interagirem, algo pode estar errado ou mal desenhado. Enquanto acontecer esse contato direto, terei a certeza de que estou no caminho. É uma troca de amor, carinho e, principalmente, atenção.

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