04/07/2024 às 12h52min - Atualizada em 04/07/2024 às 12h51min

Comissão aprova projeto que cobra autorização judicial para esterilizar pessoas com deficiência mental

Para virar lei, o projeto ainda precisa ser aprovado por mais duas comissões da Câmara dos Deputados e pelo Senado

Luiz Gustavo Xavier - jornalcn.com.br
Agência Câmara de Notícias
Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 5679/23, que exige autorização judicial para esterilizar cirurgicamente (laqueadura e vasectomia) pessoas absolutamente incapazes, ou com deficiência mental e intelectual que não possam exprimir sua vontade. A proposta também exige que o Ministério Público se manifeste.

Pelo texto em análise na Câmara dos Deputados, quando autorizada, a  esterilização dessas pessoas terá prioridade em relação aos procedimentos de esterilização cirúrgica eletiva.

A proposta altera a Lei de Planejamento Familiar, segundo a qual a esterilização cirúrgica em pessoas absolutamente incapazes somente pode ocorrer mediante autorização judicial, regulamentada na forma da lei.

O relator, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), explica que a aprovação do projeto traz mais segurança às pessoas com deficiência, ao obrigar a consulta ao Ministério Público antes, e confere eficácia ao dispositivo legal já existente.

“Ademais, ao determinar a prioridade desses procedimentos entre os de esterilização cirúrgica eletiva, o projeto reconhece a importância de agir rapidamente em situações que envolvam pessoas incapazes de expressar sua vontade”, afirma Ribeiro.

Próximos passos
A proposta ainda será analisada em caráter conclusivo pelas comissões de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para se tornar lei, é preciso ser aprovada pelo Senado.


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