13/10/2019 às 09h39min - Atualizada em 13/10/2019 às 09h39min

Michel Teló fala do casamento de cinco anos com Thais Fersoza e a fama de ‘Lorde Sertanejo’

- CAROL MARQUES
Nelson Rodrigues disse uma vez que “toda unanimidade é burra”. O lendário escritor não teve a oportunidade de conhecer Michel Teló. Morreu antes. O cantor é uma espécie de Tony Ramos da música. Educado, boa gente, humilde, divertido, maridão, paizão e por aí vai. Tente. Mas não vai achar alguém que fale mal dele. “Meu pai sempre cobrou a questão do respeito, de tratar as pessoas com carinho e eu levo isso muito a sério. Somos todos seres humanos. Bom saber que as pessoas têm carinho por mim, eu sinto isso e fico muito feliz. É muito especial poder passar algo positivo para esse mundão. Vale a pena”.
Não bastasse ser um “lorde sertanejo”, Teló é uma espécie de Midas para os candidatos do “The Voice”. Jurado de olhos e ouvidos clínicos, ele transforma em ouro o que chega ao palco ainda bruto, e, com isso, tornou-se pentacampeão do programa, com cinco vitórias consecutivas desde que virou sua cadeirinha pela primeira vez em 2015: “Sinceramente, não esperava. O que me fez campeão, de verdade, foi ter gostado e acreditado no Tony (Gordon) desde os primeiros segundos em que ele cantou. Senti algo diferente na voz dele e tive a alegria da IZA tê-lo soltado nas batalhas”.
O que você busca nestes candidatos além da voz?
Uma voz diferente e que tenha um domínio vocal legal, mas, principalmente, que passe emoção. Esse é o fator número um, que emocione o público.
Como ser racional ao saber que precisa escolher alguém para ficar e outro para sair?
Realmente existem histórias maravilhosas, exemplos de vida. Acho que mostrar isso é o grande legado do programa. Mas faz parte da competição, é muito difícil para a gente. Todo mundo que entra no “The Voice” tem sua vida modificada. Uma vez que você canta ali, é para 40 milhões de pessoas. Eu me apego a isso, à oportunidade que cada um tem de mostrar seu trabalho para tanta gente.
Este ano você venceu com um cantor mais velho. Como foi esse processo com o Gordon?
Na maioria das vezes, as pessoas que venceram são jovens, com talentos diferenciadíssimos, com um dom absurdo. O Tony nasceu com isso, mas veio desenvolvendo ao longo dos 32 anos de carreira e foi muito bacana fazer um cara de 52 ser vencedor. Ele tem uma estrada inteira de batalha. Com 52 anos ter a capacidade de renovar seus sonhos é muito especial. Vale a pena, sim, a gente lutar pelo que quer.
Quem foi o “Teló” da sua vida? A primeira pessoa que virou a cadeira na sua direção?
Eu tive vários Telós na minha vida. Telós mesmo! Meu pai, minha mãe foram os primeiros a me incentivar e apoiar. Depois, meu irmão, Teófilo, desde a época da nossa primeira banda. Ele é meu empresário até hoje. E teve o Teotônio também, meu outro irmão, que trabalhou muito tempo comigo nesse projeto de carreira solo. Hoje tem mais uma Teló que me incentiva, me joga para cima, que é a Thais, além dos meus pequenos, que renovam minha vontade de querer mais e ser exemplo para eles.
Você e Thais completam agora em outubro cinco anos de casados e ainda conservam o romantismo de namoro. Ensina para gente como fazem?
Passou rápido, né? Foram cinco anos muito abençoados. A gente quer muito estar junto, luta por isso, somos um casal normal, como todo mundo, que se ama e faz questão de estar sempre perto. Temos nossas diferenças e sabemos lidar com elas.
Vocês brigam?
Claro que temos nossas diferenças, culturas e bagagens. Sempre nos respeitamos e seguimos com muito amor.
A família vai aumentar?
A gente está bem feliz com os dois filhos (Teodoro e Melinda), não pensamos em aumentar por enquanto.
Quando está no “The Voice”, você vira cidadão carioca. Pensa em se mudar?
A gente muda por uns três meses. Eu gosto muito da vibe do Rio de Janeiro, da leveza da cidade, sou apaixonado por praia. O Rio proporciona um pouco mais de liberdade para nós. A Thais é carioca e sempre morou no Rio. Já falamos disso algumas vezes. Quem sabe um dia?
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