“Confesso que minha essência é essa, é ser treinador, coach, orientador. O que tem que ele (Neymar) pode melhorar? Tem sempre alguma coisa. Eu acho que tem muita coisa que ele pode melhorar. E vai viver um momento difícil no PSG. Então, eu gostaria muito de poder ajudar de alguma forma. Não estou propondo nada, mas quem sabe? Porque eu acho que ele tem tanto potencial”, iniciou o técnico ao Conversa com Bial, da TV Globo, na última quarta.
“Qual a grande frustração de um treinador? Do pai, do amigo? É quando você vê alguém com um grande talento não realizar aquele potencial todo. Imagina nós, brasileiros, vendo esse talento todo, e ele termina a carreira sem ganhar uma Copa do Mundo? Nós vamos ficar frustrados como torcedores. Como treinador, alguém do esporte, ainda mais. Você vê aquilo e falar ‘ele não fez aquilo que poderia ter feito’. Porque é um dos grandes craques da história do esporte”, finalizou sobre o tema.
Briga com Zé Roberto
Não foi apenas Neymar o assunto abordado durante a conversa. Além disso, Bernardinho também falou sobre a situação com Ricardinho, levantador que acabou ficando de fora do Pan 2007 e Olimpíada de 2008, em Pequim, e da briga com José Roberto Guimarães, em 2004.
Fernanda Venturini, mulher de Bernardinho à época e até hoje, era levantadora do time brasileiro na Olimpíada de 2004, em Atenas. Ela resolveu mostrar vídeos de lances da partida contra a Rússia para que Bernardo analisasse o que teria acontecido – a Seleção saiu derrotada de virada nas semifinais.
Zé Roberto ficou sabendo desta situação e acusou ambos de estarem se intrometendo em seu trabalho – Bernardinho era técnico da seleção masculina de vôlei, que foi campeã naquela edição. Na entrevista, ele reiterou a conquista de Guimarães, mas disse que tudo tem limite.
Além disso, ele afirmou que não há nenhum contato que não seja profissional entre eles. “Eu cumprimento e tal, mas não tem relação fora. Isso é fato. Não é uma relação que some para o esporte, para o voleibol. Não há interação”, concluiu.