07/08/2017 às 10h30min - Atualizada em 07/08/2017 às 10h30min

Paulo Gustavo estreia série "A Vila" e evita comparação: "Não é 'Chaves'"

tvefamosos.uol.com.br - Paulo Pacheco
Uma vila onde o mais novo morador faz muitas trapalhadas e confusões com seus vizinhos. Poderia ser "Chaves", mas é "A Vila", novo humorístico estrelado por Paulo Gustavo, que estreia nesta segunda-feira (7), às 22h30, no canal pago Multishow.
 
Não há como não relacionar "A Vila" e a série quarentona do México. Ingênuo como Chaves, Rique, papel de Paulo Gustavo, não tem um barril, mas vive em seu trailer em uma vila com moradores já conhecidos do público, como Monique Alfradique, Lucas Salles, Zezeh Barbosa, Ataíde Arcoverde e Katiuscia Canoro.
 
Paulo Gustavo admite que "Chaves" foi uma das referências de "A Vila", mas evita comparações e aponta diferenças em relação à série exibida há 33 anos pelo SBT. Para ele, seu novo programa tem mais semelhanças com outra atração do Multishow, "Vai que Cola", da qual deixará o elenco na quinta temporada. Uma delas é o mesmo diretor, João Fonseca.
 
"Não vou dizer que não sou fã porque não tem como, qualquer pessoa gosta, mas eu não assisti à série ‘Chaves’, então não tenho essa referência. Quando começamos o programa, vimos algumas cenas de ‘Chaves’. ‘A Vila’ pode até ter a mesma energia, mas não vejo muito assim. É um produto com o mesmo formato do ‘Vai que Cola’, em que interpretamos para a câmera e para a plateia. O cenário é bem grande, tem vários ambientes, várias casas, cemitério, a casa da Katiuscia, tem uma praça com parquinho, com balanço. Não tem muito a ver com ‘Chaves’. E os personagens também são bem diferentes. Comparação ao ‘Vai que Cola’ e ao ‘Chaves’ as pessoas podem fazer, mas o programa é bem aberto", afirma o humorista ao UOL.
 
Além do programa de Roberto Gómez Bolaños (1929-2014), a equipe de "A Vila" reviu outros comediantes antigos, como Buster Keaton (1895-1966), para captar o humor simples e ingênuo, diferente das piadas de duplo sentido de "Vai que Cola".
 
"Buster Keaton foi mais para ver as palhaçadas, a casa que cai em cima, a água que joga na cara, para ter algumas ideias. E tem um mágico de verdade que ensina truques para a gente. Nos divertimos à beça", explica Paulo Gustavo , que acredita que o público gostará do programa mais leve.
 
"É um programa descontraído, para a criança, para a família, com a mesma energia que o ‘Vai que Cola’ tinha, e despretensioso no sentido de que não temos pretensão de fazer o mesmo sucesso que o ‘Vai que Cola’, ou fazer muito sucesso. Queremos que o programa dê certo e que as pessoas gostem."
 
Palhaço desempregado tenta "driblar" a crise
De peruca loira, Paulo Gustavo dá vida a Rique, um palhaço que perde o emprego após a falência do circo onde trabalhava. Ele leva seu trailer para uma vila e sobrevive fazendo "bicos". "Sem querer querendo", como diria Chaves, a série aborda o desemprego e a crise econômica no Brasil.
 
"É uma coisa muito atual, porque o Rique está como a maioria dos brasileiros, procura um 'frila' de qualquer jeito porque não consegue arrumar emprego. Vai aceitando qualquer coisa que aparece. Não estamos falando da crise, mas a situação é muito comum e as pessoas vão se identificar", explica João Fonseca.
 
O protagonista é enganado por sua melhor amiga, a malandra Vitória (Katiuscia Canoro), que já o conhecia do circo e tentará levar vantagem nas ocupações do novo vizinho. Este é o roteiro central dos 25 episódios da comédia (os cinco primeiros já estão disponíveis na internet aos assinantes do Multishow Play).
 
"Sou um freelancer que tenta arrumar emprego, e toda vez que arrumo trabalho, que é em todo episódio, a Violeta sempre quer passar a perna para conseguir ficar com parte da grana que vou ganhar, ou para ser sócia do novo emprego meu, e as coisas vão dando errado", antecipa Paulo Gustavo.

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