O Instituto de Criminalista Carlos Eboli (ICCE) confirmou na noite desta segunda-feira (15), que a arma apreendida na casa da Flordelis foi a mesma que matou o pastor Anderson do Carmo. Uma perícia preliminar realizada na Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG) já havia apontado que a arma de fogo havia sido utilizada no crime, mas a polícia aguardava o confronto baslístico feito pelo instituto para confirmar o ocorrido. A confirmação foi feita no momento em que o caso completa um mês.
Foram ao menos 15 tiros que, por volta das 3h15 da madrugada do último dia 16 de junho, que atingiram o líder religioso Anderson do Carmo, esposo da deputada federal e cantora gospel Flordelis, a maior parte, nove, na região da virilha. Passados 30 dias da morte, a Delegacia de Homicídio (DH) de Niterói ainda busca por respostas sobre a motivação e o número de pessoas que participaram do crime. Até o momento, dois filhos da parlamentar, um biológico e outro adotivo, estão presos sob a suspeita de participação na execução.
A Polícia Civil ainda realiza algumas diligências. A Polícia Civil reforça que Flordelis prestou dois depoimentos como testemunha, mas não descartou a hipótese de que ela esteja envolvida.
Na última semana, em uma imagem divulgada nas redes sociais a deputada aparece usando uma pulseira que era do pastor Anderson, que ela alegava ter sumido de sua residência. O sumiço da joia foi falado por ela durante a coletiva de imprensa realizada no dia 25 de junho.
Em nota, a assessoria de Flordelis disse que a pulseira foi encontrada durante uma reorganização na casa da família da deputada.
“Na rearrumação interna da casa, depois da enorme desordem em que ela ficou, a pulseira foi encontrada e, desde então, como memória e homenagem ao marido, a deputada passou a usá-la com a aliança que foi do marido. Não a tirou mais do braço”.
Demora - O advogado Ângelo Máximo, assessor jurídico dos familiares de Anderson do Carmo, revelou na semana passada que a mãe, o pai e irmã do líder religioso querem a solução do caso e que todos os envolvidos sejam punidos. Ainda segundo ele, apesar das investigações ocorrerem de forma sigilosa, alguns tipos de vazamentos, por parte da polícia, podem atrapalhar na conclusão.