21/06/2019 às 13h25min - Atualizada em 21/06/2019 às 13h25min

Justiça decreta prisão de irmãos

Um deles, filho biológico de Flordelis, confessou ter dado seis tiros no padrasto, o pastor Anderson do Carmo

Ofluminense
Evelen Gouvea

O filho biológico da deputada federal Flordelis (PSD-RJ), Flávio dos Santos Rodrigues, 38 anos, confessou ter atirado seis vezes contra seu padrasto, o pastor Anderson do Carmo, morto na madrugada do último domingo (16), na casa da família em Pendotiba, Niterói.

O relato foi feito em acareação com seu irmão Lucas Cezar dos Santos de Souza, de 18, filho adotivo da parlamentar e de Anderson. Com base nas declarações, foram decretadas, na tarde desta quinta (20), as prisões temporárias de Flávio e Lucas, por suspeita de participação no assassinato do pastor. O pedido foi feito pela delegada Bárbara Lomba, titular da Delegacia de Homicídios (DH) de Niterói, durante o plantão judiciário. O motivo do crime não teria sido revelado.

 

Flávio e Lucas já estavam detidos por outros crimes. Flávio, após ser enquadrado na Lei Maria da Penha. Ele foi detido na segunda (17) no enterro do pastor. Lucas também foi preso na segunda-feira, mas por tráfico de drogas, quando ainda era menor. Ambos estão na carceragem da DH.

A especializada ainda procura o celular do pastor. A polícia já solicitou que Flordelis entregasse o aparelho e também realizou buscas na casa da família, sem sucesso.

Deputada sob suspeita – Segundo informações divulgadas pela TV Globo, um dos filhos de Flordelis teria contado nesta quinta à polícia que suspeita do envolvimento da mãe e de três irmãs na morte do pastor. Segundo ele, uma das irmãs, inclusive, teria oferecido R$ 10 mil a Lucas para matar o pai adotivo. O filho contou ainda à polícia que a mãe e as três irmãs teriam colocado remédio na comida do pastor e que por isso ele estaria com problemas de saúde. 

Durante seu depoimento, o filho também contou que não houve barulho, confusão e nem moto em fuga no momento do assassinato. Ele disse que viu Flávio ao lado do corpo ensanguentado do pastor, recolhendo uma mochila de couro e o telefone celular da vítima. O aparelho, segundo o depoimento, teria sido entregue para Flordelis. 

O filho contou também à polícia que o comportamento desesperado dos parentes no velório não teria passado de “teatro” e que há algum tempo já teria ouvido Flordelis dizer que a “hora” de Anderson estava chegando.

Na tarde desta quinta, o novo advogado responsável pela defesa da família de Flordelis, Marcelo Ramalho, esteve na DH. Ele ainda não havia tomado conhecimento dos mandados de prisão.

“Por hora não tenho nada a dizer porque eu não conheço os elementos do inquérito. A defesa está vindo aqui para tomarmos conhecimento das circunstâncias dos fatos e depois iremos nos pronunciar”, disse. 


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