O principal suspeito de assassinar a estudante da Universidade de São Paulo (USP), Bruna Oliveira da Silva, foi encontrado morto na noite de quarta-feira (23), na Avenida Morumbi, Zona Oeste da capital paulista. A informação foi confirmada pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) nesta quinta-feira (24).
O corpo de Esteliano José Madureira, de 43 anos, foi localizado coberto por uma lona azul, com marcas de tiros na nuca, mais de dez lesões espalhadas pelo corpo e evidentes sinais de tortura. As pernas estavam amarradas com um pano branco e vermelho. A Polícia Civil suspeita que ele tenha sido morto em outro local e posteriormente abandonado na via.
A ocorrência está sendo investigada pelo Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que busca imagens de câmeras de segurança na região para tentar identificar os responsáveis pelo homicídio.
Horas antes de ser encontrado morto, a Justiça havia decretado a prisão temporária de Esteliano, apontado pelas investigações como o homem que aparece em imagens de segurança perseguindo Bruna na noite de 13 de abril, nas proximidades da estação de metrô Corinthians-Itaquera, na Zona Leste da cidade.
O corpo da estudante foi localizado no dia 17 de abril, em um estacionamento a cerca de dois quilômetros da estação. Ela estava seminu, com ferimentos pelo corpo, incluindo queimaduras. Um saco plástico também foi encontrado próximo ao corpo.
De acordo com peritos ouvidos pelo portal g1, Bruna apresentava fratura em uma vértebra do pescoço, o que pode indicar morte por estrangulamento. A causa oficial da morte ainda não foi divulgada, pois os laudos periciais seguem em andamento.
Durante as investigações, a polícia encontrou calcinhas no barraco onde Esteliano morava. As peças, assim como um sutiã localizado próximo ao corpo da vítima, serão periciadas. Os investigadores apuram se os objetos pertencem a Bruna ou a outras possíveis vítimas do suspeito.
Esteliano possuía antecedentes criminais por roubo em 2008, mas foi absolvido na ocasião.
Quem era Bruna Oliveira
Bruna tinha 28 anos, era mãe de um menino de sete anos e havia se formado em História pela USP. Ela concluiu o mestrado em História Social e, recentemente, foi aprovada em um novo programa de mestrado em Mudança Social e Participação Política, também na universidade.
Na noite de seu desaparecimento, Bruna voltava da casa do namorado e, após desembarcar na estação de metrô, decidiu caminhar cerca de um quilômetro até sua residência. Seu corpo foi encontrado quatro dias depois, a aproximadamente dois quilômetros do local.
A investigação segue em curso, com a polícia trabalhando para esclarecer tanto a morte da estudante quanto a execução do suspeito.
Fonte: Redação
