22/10/2018 às 18h47min - Atualizada em 22/10/2018 às 18h47min

Ex-guarda municipal acusado de matar três pessoas em Londrina é encontrado morto na PEL II, diz Depen.

Defesa informou que não vai se manifestar no momento em respeito ao luto da família. Um inquérito policial e um procedimento administrativo serão abertos para apurar o caso, segundo o Departamento Penitenciário.

G1 Paraná

O ex-guarda municipal Ricardo Leandro Felippe, acusado de matar três pessoas e ferir outras duas, em Londrina, no norte do Paraná, foi encontrado morto na Penitenciária Estadual de Londrina (PEL II), nesta segunda-feira (22), segundo o Departamento Penitenciário do Paraná (Depen-PR).

O crime ocorreu em abril de 2017, e ele foi detido um dia depois. Ricardo estava preso preventivamente e aguardava a análise de um recurso no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), como qual a defesa tentava evitar o julgamento pelo Tribunal do Júri.

A advogada dele, Natália Karolensky, informou que, em respeito ao luto da família, não vai se manifestar no momento.

Em nota, o Depen-PR informou que ele foi encontrado enforcado por um agente penitenciário. "Ele estava sozinho na cela, já que outros presos estavam no pátio em período banho de sol", diz a nota.

Ainda de acordo com o Departamento Penitenciário, o local foi isolado e a polícia acionada. Uma perícia foi realizada no local, e um inquérito policial e um procedimento administrativo serão abertos para apurar o caso.

O ex-guarda municipal já tinha sido condenado a seis meses de prisão por agredir a ex-namorada Raquel Espinosa.


 

Relembre o caso

O crime ocorreu no dia 3 de abril de 2017. A primeira vítima foi a sócia de uma namorada de Ricardo. Ele foi até o escritório e, como a namorada não estava, o alvo foi a sócia, Ana Regina do Nascimento, que foi morta a tiros.

Logo depois, Ricardo foi até a casa de uma ex-companheira e fez vários disparos. O filho dela, de 17 anos, morreu na hora. O pai da ex-namorada foi baleado no mesmo dia e faleceu no hospital, sete dias depois.

A mãe e o avô da ex-companheira também foram belados, mas sobreviveram. A ex-namorado conseguiu escapar.

À época da prisão, a defesa alegou que ele sofria de transtornos psicológicos. Um exame de sanidade mental, de abril deste ano, apontou que que o ex-agente era 'interamente capaz de entender o caráter ilícito do fato'.

Ele foi acusado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) de cometer os seguintes crimes: um feminicídio consumado e um feminicídio tentado, dois homicídios qualificados consumados, um homicídio qualificado tentado, quatro roubos consumados, um roubo tentado, lesão corporal, ameaça e furto.

Em julho deste ano a Justiça determinou que ele fosse julgado pelo Tribunal do Júri.

Em dezembro do ano passado, Ricardo foi demitido da guarda municipal.


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