25/09/2018 às 14h07min - Atualizada em 25/09/2018 às 14h07min

Ação mira quadrilha que causou R$ 8 milhões em prejuízos a empresas com o 'golpe da arara'.

Segundo a polícia, grupo usava laranjas para dar golpe em fornecedores de alimentos, roupas, alumínio, produtos de beleza e eletroeletrônicos.

G1 Paraná

A Polícia Civil do Paraná deflagrou nesta terça-feira (25) uma operação que mira uma quadrilha que em março causou prejuízos de mais de R$ 8 milhões a cerca de 30 empresas com o chamado "golpe da arara".

Mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em Curitiba, Foz do Iguaçu e Cascavel, no oeste do estado, e em São Paulo (SP).

A Justiça determinou ainda a prisão preventiva do libanês Khaled Ahmad Wahab, apontado como líder da quadrilha de estelionatários. Segundo a polícia, ele está no Líbano e é considerado foragido.

De acordo com as investigações comandadas pelo delegado Leonardo Bueno Carneiro, o grupo usou "laranjas" para abrir empresas que por cerca de cinco meses compraram mercadorias a prazo e as revenderam por preços menores que o praticado no mercado.

Depois de adquirida a confiança, com o pagamento de compras anteriores, os fornecedores de produtos como alimentos, roupas, alumínio, cosméticos e eletroeletrônicos, entre outros, deixavam de ser pagos.

As empresas usadas na fraude eram fechadas antes da cobrança da dívida e abertas em outras cidades, onde a prática ilegal continuava.

O golpe também é chamado de "B2B (business to business)".

Ainda conforme as investigações, Wahab se identificava como "Armando" e era o responsável pela compra das mercadorias, encaminhadas para outras empresas ligadas ao grupo no Paraná e em São Paulo.

Além da apreensão de mercadorias e documentos, a Justiça decretou o bloqueio de bens da quadrilha.


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