17/09/2018 às 09h33min - Atualizada em 17/09/2018 às 09h33min

Por um voto, vereadores afastados são absolvidos em sessão da Câmara de Londrina.

Sessão de julgamento foi neste domingo (16); Mário Takahashi e Rony Alves, réus na Operação ZR3, foram investigados por Comissão Processante por quebra de decoro parlamentar.

G1 Paraná

Por um voto, os vereadores afastados da Câmara de Londrina, no norte do Paraná, Mário Takahashi (PV) e Rony Alves (PTB) - réus na Operação ZR3 - foram absolvidos no julgamento deste domingo (16). A sessão começou às 9h e terminou por volta das 12h30.

Foram 12 votos favoráveis ao relatório da Comissão Processante, três contrários, três abstenções e uma ausência. O relatório era favorável à cassação do mandato dos vereadores por quebra de decoro parlamentar.

Para a cassação, eram necessários 13 dos 19 votos possíveis. Como isso não ocorreu, o processo será arquivado.


 

Veja como votou cada vereador:

  • Ailton Nantes (PP) – sim
  • Amauri Cardoso (PSDB) – sim
  • Daniele Ziober (PP) – sim
  • Eduardo Tominaga (DEM) – sim
  • Emanoel Edson de Oliveira Gomes (PRB) – abstenção
  • Estevão da Zona Sul (sem partido) – sim
  • Felipe Prochet (PSD) – ausente
  • Guilherme Belinati (PP) – não
  • Jairo Tamura (PR) – abstenção
  • Jamil Janene (PP) – não
  • José Roque Neto (PR) – sim
  • João Martins (PSL) – sim
  • Junior Santos Rosa (PSD) – sim
  • Pastor Gerson Araújo (PSDB) – não
  • Péricles Deliberador (PSC) – abstenção
  • Roberto Fú (PDT) – sim
  • Tio Douglas (PTB) – sim
  • Valdir Souza (SD) – sim
  • Vilson Bittencourt (PSB) – sim
  • A Comissão Processante (CP) foi criada em 17 de abril, após a deflagração da Operação ZR3. Nesse período, os trabalhos foram marcados por discussões e batalhas judiciais – foram mais de 20 medidas judiciais para tentar suspender a comissão.

     

    O que dizem os vereadores

    Os dois vereadores estiveram presentes na sessão de julgamento. Na saída, Rony Alves avaliou que a decisão da Câmara foi "madura no sentido de perceber que poderiam cassar dois vereadores que não cometeram atos ilícitos".

    "Na esfera judicial a gente tem mais tranquilidade ainda. Quando você analisa todo o processo percebe que não há prova mínima que possa nos incriminar", afirmou.

    Mário Takahashi disse que considerou natural a votação apertada devido ao "interesse político" e que conseguiu demonstrar que não havia cometido crime.

    "É uma etapa vencida. O final vai ser na esfera judicial. Aqui [na Câmara] o voto tem peso muito mais político do que qualquer coisa", avaliou.

     

    Réus por organização criminosa e corrupção


     

    Takahashi e Alves são réus na operação que investiga um esquema de cobrança de pagamento de propina de empresários para agentes públicos para alterar projetos de zoneamento urbano.

    Os dois parlamentares são réus na ação criminal por organização criminosa e corrupção. Eles estão afastados dos cargos desde então por suspeita de participação no esquema. Os dois negam irregularidades.

    Takahashi é suspeito de cobrar R$ 1 milhão em propina para favorecer a instalação de um loteamento perto da Universidade Tecnológica.

    Rony Alves foi flagrado em ligações telefônicas negociando alterações de zoneamento com empresários.


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