A candidata ao governo do Paraná Cida Borghetti (PP) declarou, durante entrevista ao Meio-Dia Paraná, nesta quarta-feira (12), não se sentir confortável em apoiar o ex-governador Beto Richa (PSDB), preso na terça-feira (11), e propôs a duplicação da PR-323, alvo de investigações.
Cida participou da terceira entrevista feita pela RPC, afiliada da Rede Globo no Paraná, com os candidatos ao governo estadual.
As entrevistas seguem até sexta-feira (14). Confira abaixo o cronograma.
Um dia após a prisão do ex-governador Beto Richa por suspeita de fraudes em recursos para a Patrulha Rural, Cida disse que pediu providências ao Partido Progressista sobre como seguirá a campanha eleitoral e o apoio ao candidato ao Senado pela coligação encabeça por ela.
“Eu acredito que o partido e a nossa coligação vão tomar uma atitude. Não houve manifestação, mas eu estou pedindo. Particularmente eu entendo que não é possível manter o apoio, não é confortável para nenhum dos lados”, declarou a governadora.
PR-323
Cida disse ainda que a duplicação na PR-323, alvo de investigações da Polícia Federal e que também envolve o ex-governador Beto Richa, está em andamento e será concluída em toda a extensão entre Paiçandu e Francisco Alves, no noroeste do estado.
“Eu já encaminhei a nova licitação do primeiro trecho, que é de 20 km. Serão R$ 70 milhões e já houve ganhador, está em análise dos documentos e ordem de serviço deve ser dada nos próximos dias. Concluído o primeiro trecho, vamos chamar o processo licitatório do segundo trecho”, garantiu.
Funcionalismo público
A candidata disse ainda que encerradas as eleições pretende retomar as negociações com os funcionários públicos estaduais e justificou que apresentou a proposta de reajuste de 1% por não poder desrespeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal.
29 de abril
Questionada sobre o confronto do dia 29 de abril de 2015 entre a polícia e manifestantes contrários a mudanças no custeio do Regime Próprio da Previdência Social dos servidores estaduais, Cida apontou que faltou diálogo, erro das duas partes e que pediu ao ex-governador que recuasse.
“Fiz a minha manifestação ao então governador de que era necessário recuar, se possível tirar o projeto da Assembleia para que não houvesse o que aconteceu. Infelizmente os dois lados errara. Eu não fui ouvida, mas me manifestei aliás até através de um bilhete. Coloquei três pontos que deveriam ser observados”, lembrou.
Programação das entrevistas