06/09/2018 às 09h32min - Atualizada em 06/09/2018 às 09h32min

Gaeco cumpre mandados em operação que investiga supostos crimes em consórcio de saúde.

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos nesta quarta (5) em Curitiba, Palmital e Laranjal, ambas na região central, em residências, empresas e escritórios de advocacia.

G1 Paraná

Sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos nesta quarta-feira (5) em Curitiba, Palmital e Laranjal, ambas na região central do Paraná, em uma operação que investiga supostos crimes envolvendo o Consórcio Intermunicipal de Saúde (CIS) Centro-Oeste.

Participaram da ação o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e o Grupo Especializado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidade Administrativa (Gepatria), do Ministério Público do Paraná (MP-PR).

Conforme a promotoria, a operação Milkman investiga a prática de crimes de fraude a licitação, lavagem de dinheiro, falsificação ideológica e corrupção praticados por uma suposta organização criminosa.

Essa organização, segundo o MP-PR, está instalada em Palmital e afeta a saúde de, ao menos, 13 cidades da região central e centro-oeste do Paraná.

Os alvos da operação não tiveram os nomes divulgados. Segundo a promotoria, foram um ex-prefeito de Palmital, um ex-procurador jurídico, um advogado e a esposa dele.

De acordo com o MP-PR, a suposta organização criminosa foi criada para desviar recursos do consórcio por meio de uma empresa em nome de um laranja.

"A ideia era que a empresa contratasse mão de obra para prestação de serviços de saúde. Só que ao invés de fazer isso de forma adequada, devido a irregularidades e desvios, o serviço não era bem prestado ou não era prestado de forma completa", afirma a promotora do Gaeco Nicole Gonçalves.

Segundo ela, parte dos recursos que deveriam ser utilizados na contratação dos serviços de saúde eram desviados para os verdadeiros sócios da empresa.

Ainda segundo a promotoria, a movimentação financeira dessa empresa indica os desvios de recursos, mas o "caminho do dinheiro" ainda está sendo investigado. O MP-PR apreendeu documentos em residências, empresas e escritórios de advogacia para auxiliar na investigação.

"Tanto não contratar, contratar a menos ou contratar em duplicidade são algumas das hipóteses que a gente vai ter que aprodundar ainda", conta a promotora.

Além dos mandados de busca e apreensão, a promotoria também obteve o bloqueio judicial do valor de R$ 5.675.304,53 pertencentes à empresa e aos investigados suspeitos de participar da organização criminosa.

Em nota, a direção atual do consórcio informou que as irregularidades investigadas pelo Gaeco ocorreram na gestão anterior.


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