29/08/2018 às 09h25min - Atualizada em 29/08/2018 às 09h25min

Homem é suspeito de agredir a filha de 15 dias durante briga com a mãe da criança, em Maringá.

Bebê segue internada em estado grave na UTI neonatal. Homem foi ouvido nesta terça-feira (28) pela Polícia Civil; no norte do Paraná.

G1 Paraná

Um homem é suspeito de agredir a própria filha, de apenas 15 dias, durante uma briga com a mãe da criança, em Maringá, no norte do Paraná. Nesta terça-feira (28), a bebê seguia internada em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal de um hospital da cidade.

O pai da criança foi ouvido nesta terça pelo Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítima de Crimes (Nucria). O caso aconteceu no dia 12 de agosto, mas a polícia só teve conhecimento cinco dias depois, no dia 17. Também já foram ouvidos familiares dos envolvidos e outras testemunhas.

Segundo a delegada Karen Friedrich Nascimento, responsável pelo caso, as investigações apontam que o pai agrediu a criança com um golpe durante uma briga com a mulher.
 

“Passados uns dois dias, essa criança começou a se sentir mal, quando se constatou que essa criança ela estava com uma lesão no tórax”, detalhou a delegada.
 

A polícia pediu a prisão temporária do pai e medidas protetivas de urgência, mas a Justiça concedeu apenas das medidas protetivas, ainda conforme Nascimento.

O advogado da mãe da criança, Douglas Rocha, disse que não foi a primeira agressão sofrida pela mulher.

“Ela relatou para a gente que ele vinha agredindo ela desde o início do casamento, há mais de cinco anos. Sempre foi uma pessoa bem agressiva”, declarou.

O advogado também disse que ela não denunciou antes porque sofria ameaças.

“[O suspeito] é uma pessoa bem violenta, agredia ela constantemente, sempre com ameaças... ameaçando inclusive de morte. Por esse motivo que ela não fez a denúncia anteriormente”, afirmou.

Agora, o advogado disse que vai aguardar o término do inquérito policial, “para averiguar a culpa dele [do pai] e até que ponto ele assumiu o risco de até mesmo cometer um homicídio contra essa criança, devido à violência da barbárie do fato cometido”.

Já o advogado do pai da criança não quis dar entrevista, mas enviou uma nota esclarecendo que o cliente dele nega que tenha agredido a esposa e a bebê de quinze dias naquela ocasião ou em qualquer outra circunstância.

Ele explicou que houve um desentendimento familiar entre eles, mas apenas com empurra-empurra, sem agressão. Ainda segundo o advogado, depois disso, o cliente levou a esposa para o hospital porque havia um sangramento no corte da cesárea.

A criança, naquele momento, não apresentava nenhum sinal de lesão, também de acordo com a nota.

A defesa do pai afirmou que ele continuou visitando a criança e, somente depois desse período, ficou sabendo que era suspeito de agredir a esposa e a filha dele.

O advogado disse, ainda, que o cliente dele vai cumprir a medida protetiva e já foi orientado para se afastar da família.


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