24/08/2018 às 10h53min - Atualizada em 24/08/2018 às 10h53min

Polícia Civil diz que não houve crime no caso da mulher encontrada morta em prédio de Londrina

Delegada chegou a essa conclusão após IML retificar laudo e apontar que lesões encontradas em corpo de Olga Aparecida dos Santos eram de uma cirurgia.

G1 Paraná

O Instituto Médico-Legal (IML) corrigiu as informações sobre as lesões encontradas no corpo da mulher que morreu após cair de um prédio em Londrina, no norte do Paraná, em junho. Com essa retificação, a Polícia Civil informou que não há prova de que tenha ocorrido um feminicídio.

Olga Aparecida dos Santos tinha 51 anos e morreu após vizinhos e uma funcionária do prédio onde ela morava com o marido, presenciarem uma briga do casal. Um laudo foi divulgado cinco dias depois da morte informando que as lesões eram diferentes de cortes feitos em cirurgia.

A Polícia Civil pediu um novo parecer sobre o laudo de necropsia do corpo de Olga após comparar fotos do corpo da vítima feitas pelos legistas com imagens que ela tirou quando fez uma cirurgia bariátrica. As lesões eram nos mesmos lugares.

“O IML corrigiu o laudo. Onde consta o termo ‘ferida incisa’, o médico legista corrigiu para ‘ferida contusa’, ou seja, aquelas que questionamos como sendo provocadas por arma branca, na verdade foram provocadas por queda”, pontuou a delegada Geanne Timóteo.

O IML de Londrina confirmou que houve uma correção no laudo, porém não vai se manifestar sobre o assunto.

“No final, não vamos indiciar as pessoas que estavam sendo investigadas porque não há prova de que realmente tenha ocorrido crime. O que está mais contundente nesse caso é a probabilidade de suicídio, mas ainda estamos aguardando a conclusão dos demais laudos que ainda não ficaram prontos”, disse a delegada.

 

Entenda o caso

O marido da vítima, Luiz Reis Garcia, chegou a ser preso, mas após a audiência de custódia, a Justiça decidiu pela prisão domiciliar. Como não havia uma perspectiva do término das investigações, a juíza Zilda Romero revogou a prisão domiciliar, mas manteve o monitoramento eletrônico.

Desde o início das investigações Garcia negava envolvimento no crime e a defesa dele afirmava que os cortes era de uma cirurgia.

Uma irmã, um irmão e um sobrinho de Garcia, que estavam no apartamento no dia que Olga foi encontrada morta, também chegaram a ser presos, mas foram soltos logo depois. Desde o dia da morte, as defesas dos três também negavam envolvimento em qualquer tipo de crime.

O laudo da morte foi divulgado no dia 29 de junho pela Polícia Civil. A delegada informou que a causa da morte foi a queda, a vítima sofreu esmagamento de crânio, mas que foram encontradas sete lesões. A delegada Geanne Timóteo pediu novo parecer sobre esses cortes.


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