A polícia prendeu, nesta quinta-feira (23), Francisco Welton por suspeita de matar a mulher dele, Luana Fergutz, de 26 anos, durante um passeio no Rio Cotegipe, em Salto do Lontra, no sudoeste do Paraná. O marido nega o crime.
O caso aconteceu no último domingo (19), quando o casal e a filha de cinco anos estavam num lugar do rio conhecido como Saltão. O marido disse, em depoimento à polícia, que a mulher escorregou em uma pedra quando saía da água e afundou. Welton chamou socorro e afirmou que mergulhou atrás dela, mas não conseguiu encontrá-la.
O corpo de Luana foi encontrado na segunda-feira (20), a 100 metros do local onde ela tinha caído. Uma perícia foi realizada no local, e o corpo foi encaminhado para o Instituto Médico-Legal (IML) de Francisco Beltrão, na mesma região do estado.
Segundo o delegado Sandro Spadotto Barros, responsável pelas investigações, o marido foi preso temporariamente, pelo prazo de 30 dias, por suspeita de feminicídio – que é o assassinato pelo simples motivo de a vítima ser mulher –, depois que várias testemunhas ouvidas pela polícia relataram que o casal tinha conflitos.
“As testemunhas apontaram que havia realmente um conflito, que inclusive a vítima se queixava que estava sendo maltratada e que queria se separar dele”, afirmou Barros.
Ainda de acordo com o delegado, a suspeita é de que o marido tenha empurrado a esposa e de que ela tenha morrido afogada.
A família de Luana diz que Welton é responsável pela morte da mulher desde o começo das investigações. A polícia precisou, inclusive, tirá-lo do local do resgate porque moradores ameaçavam linchá-lo.
“Com todos esses indícios que a gente coletou, a gente chegou à conclusão que ele é um suspeito de ter cometido esse crime de feminicídio”, explicou Barros.
Para a conclusão do inquérito, o delegado informou que ainda aguarda a conclusão de laudos do IML, que vão apontar a causa da morte, e o resultado de perícias que serão realizadas pelo Instituto de Criminalística no carro e nos telefones do casal.
Ainda conforme o delegado, a filha do casal deve ser ouvida por psicólogos, porque ela estava junto com os pais no rio.
Barros também não descarta a possibilidade de fazer a reconstituição dos fatos, se o marido concordar em mostrar a versão dele de como tudo aconteceu.
Francisco Welton ainda não tem advogado, mas negou envolvimento com a morte da mulher à polícia.