A Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) de Londrina, no norte do Paraná, foi autorizada pela prefeitura a iniciar os estudos para a realização de uma nova licitação do transporte coletivo. O decreto que repassa o direito de licitar à CMTU foi assinado nesta quarta-feira (22).
Atualmente, a receita do sistema é de R$ 13 milhões por mês. A prefeitura poderia renovar os contratos vigentes, mas após a realização de estudos de uma comissão formada por técnicos do município, da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e do Observatório de Gestão Pública, se definiu pela nova licitação.
Os contratos atuais vencem em janeiro de 2019 e eles foram assinados em janeiro de 2004. A empresa Transporte Coletivo Grande Londrina (TCGL) é responsável por 85% das linhas do transporte coletivo e a Londrisul por 15% da demanda.
Com a autorização da prefeitura, a CMTU agora vai definir o modelo da licitação e em quantos lotes a cidade será dividida.
"Queremos chegar ao melhor modelo, estudar a efetividade e a eficácia do transporte. Temos que fazer uma análise detalhadas de tudo o que queremos incluir, pois sabemos que isso impacta diretamente na tarifa", explicou o presidente da CMTU, Marcelo Cortez.
Com essa nova licitação, a prefeitura espera melhorar a qualidade do serviço e oferecer o menor custo aos usuários.
"O objetivo é ter a menor tarifa com o melhor serviço prestado. Queremos um transporte com qualidade com o menor custo possível", disse o prefeito Marcelo Belinati (PP).
O diretor do Sindicato das Empresas do Transporte Coletivo, Paulo Bongiovanni, lamentou o anúncio da nova licitação e informou que as empresas acumulam prejuízo.
"Vamos analisar o edital, mas normalmente querem muita coisa com tarifa muita baixa. Dá para ser mais barato, mas precisa tirar o ISS [Imposto Sobre Serviços], a taxa de gerenciamento e nos dar mais subsídio", pontuou.
A data da nova licitação não foi divulgada.