O juiz federal Sérgio Moro começou a ouvir nesta terça-feira (21) as testemunhas na ação da Operação Lava Jato que apura o pagamento de vantagens indevidas na compra de metade da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, pela Petrobras.
Foram ouvidos na primeira audiência sobre o caso o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, e os ex-diretores da Petrobras Nestor Cerveró e Paulo Roberto Costa. Os três são delatores.
Conforme a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), aceita por Moro em março deste ano, a estatal pagou US$ 343 milhões por 50% da refinaria, enquanto a Astra Oil, da qual foi adquirida, havia pago cerca de US$ 56,5 milhões por toda ela.
Nesta terça, Cerveró reafirmou o conteúdo da delação premiada de que houve pagamento de US$ 15 milhões em propina na compra de parte da refinaria. Baiano falou sobre os repasses de propina e que a compra era considerada um bom negócio.
Paulo Roberto Costa também reafirmou o que havia dito em delação de que recebeu propina de Fernando Baiano para se manter calado durante a reunião em que foi aprovada a compra da refeinaria, que, segundo ele, tinha vários problemas.
O ex-senador Delcídio do Amaral, que também é delator, e outras dez pessoas são réus na ação. Eles respondem por crimes como corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.