07/08/2018 às 14h30min - Atualizada em 07/08/2018 às 14h30min

Mulher morre vítima de esganadura em Cruzeiro do Oeste, e marido é o principal suspeito, diz polícia.

Jovem de 22 anos foi levada para hospital, mas, segundo a Polícia Civil, já chegou morta à instituição. Marido diz que mulher convulsionou após ingerir bebida alcoólica e cheirar cocaína em casa.

G1 Paraná

Uma mulher de 22 anos morreu vítima de esganadura em Cruzeiro do Oeste, no noroeste do Paraná, segundo a Polícia Civil. O principal suspeito da morte é o marido dela, um homem de 27 anos.

A jovem foi levada pelo marido e vizinhos do casal ao hospital municipal no sábado (4). Segundo a Polícia Civil, a morte foi constatada assim que ela deu entrada na instituição.

O marido chegou a ser levado à Delegacia da Polícia Civil porque tentou quebrar alguns objetos da sala de espera da instituição por ter sido foi proibido de acompanhar o atendimento da esposa. O homem prestou esclarecimento e foi liberado na sequência.

Após a constatação da morte, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) para a realização da necropsia.

Segundo o delegado Gabriel dos Santos Menezes, o perito confirmou a esganadura como causa da morte, porém não constatou outras marcas de agressão no corpo da vítima.

Na segunda-feira (6), o suspeito e vizinhos foram ouvidos pelo delegado. Em depoimento, o homem disse que ele e a esposa estavam ingerindo bebida alcoólica e cheirando cocaína quando ela teve uma crise de convulsão em casa.

“O marido negou que tenha estrangulado a mulher, disse que ela começou a convulsionar e ele tentou prestar os primeiros socorros. Os vizinhos relataram que quando entraram na casa viram a jovem passando mal e homem fazendo massagem cardíaca. No entanto, o laudo do IML aponta outra causa de morte, diferente da convulsão”, afirma o delegado.

Menezes conta que familiares relataram que a mulher tinha sido agredida pelo marido anteriormente, no entanto a polícia nunca atendeu qualquer chamado dela por violência doméstica ou há qualquer Boletim de Ocorrência a respeito.

“Em depoimento o suspeito disse que nunca bateu na mulher, mesmo com os relatos da família. A família disse também que ela estava grávida, mas o homem confessou, em depoimento, que os dois inventaram essa história para pegar dinheiro da família. O IML também confirmou que a jovem não estava grávida”, pontuou o delegado.

O delegado Gabriel Menezes diz que deve indiciar o suspeito pelo crime de homicídio com a qualificadora de feminicídio. O inquérito será concluído assim que mais testemunhas sobre o caso forem ouvidas.


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