11/07/2017 às 11h56min - Atualizada em 11/07/2017 às 11h56min

Siqueira Campos está em alerta com 6.76% de infestação do mosquito Aedes Aegypit

Isaele Machado
Na manhã desta terça-feira (11) o JCN entrevistou a Chefe da Vigilância Sanitária de Siqueira Campos – Lívia Possidente e a Coordenadora de Endemias do município – Giane Melo. De acordo com informações Siqueira Campos está em estado de alerta com relação ao mosquito Aeds Aegypti, com 6.76% o índice de infestação do mosquito é classificado como alerta total. O aceitável pelo Ministério da Saúde é de 1% por município, 3.9% é classificado como preocupante e 6.76% é classificado como alerta total, ou seja, nível de infestação elevado.
De acordo com Lívia os cuidados com o mosquito se estendem em todas as estações do ano, e não apenas no verão. “Os dados levantados em Siqueira Campos são preocupantes, e precisamos da ajuda da população para que cuide de seu quintal, tendo em vista que nós da vigilância estaremos buscando ajuda de todos os departamentos para estarmos engajados na luta contra o mosquito e nos trabalhos de prevenção e combate”, destacou.
Durante a entrevista, Giane explicou que atualmente são sete agentes que fazem as vistorias nas residências e em breve terão mais seis agentes para atender a demanda. Cada agente atende cerca de 800 a 1000 casas a cada dois meses. “ Vale lembrar que o mosquito Aedes Aegypti não transmite somente a Dengue, mas também outras doenças como a Chikungunya, Zika e a  Febre Amarela. Apesar do elevado índice de infestação do mosquito, não foi confirmado nenhum caso suspeito, porém a população deve ficar alerta sendo o próprio agente dentro de sua residência e tomar as medidas cabíveis para não deixar criadouros de mosquito, e se tiver algum sintoma semelhante às doenças transmitidas pelo mosquito procurar imediatamente um posto de saúde mais próximo”, explicou Giane.
O Vice-Prefeito Luiz Henrique Germano que também participou da entrevista comentou que a situação é realmente alarmante e aquelas pessoas que não se alertarem para os cuidados de prevenção ao mosquito deixando seus quintais com foco serão notificadas, caso após a notificação não limparem os quintais poderão ser multadas.
Aedes aegypti é um mosquito de hábitos diurnos que apresenta coloração preta e pequenas manchas e listras brancas espalhadas pelo seu corpo. A dengue é, sem dúvidas, a doença transmitida pelo Aedes aegyptimais conhecida pela população. Por essa razão, o A. aegypti ficou conhecido no Brasil como mosquito-da-dengue.
A dengue é uma doença febril causada por um vírus que apresenta quatro sorotipos. De uma maneira geral, ela causa febre alta, que se inicia de maneira abrupta, dores de cabeça, dores no corpo e articulações, dores nos olhos, fraqueza, manchas na pele e coceira. Em algumas pessoas, podem ocorrer vômitos, dores abdominais, hemorragias e até mesmo a morte.
https://t.dynad.net/pc/?dc=5550003218;ord=1499783267144

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A dengue não apresenta tratamento específico, sendo recomendado apenas uso de produtos que aliviem os sintomas. A principal recomendação é repousar e tomar muito líquido.
A chikungunya é uma doença viral também transmitida pelo mosquito Aedes aegypti que chegou ao Brasil em 2014. O nome dessa enfermidade significa “aqueles que se dobram” e faz referência aos primeiros pacientes diagnosticados com o problema, na Tanzânia, que se curvavam em virtude das dores provocadas pelo vírus.
Os sintomas da chikungunya lembram muito os da dengue, como febre alta, dor de cabeça, manchas na pele e dores no corpo. Entretanto, a diferença principal está no fato de que a chikungunya provoca dores muito intensas nas articulações.
A chikungunya também é uma doença sem tratamento específico e, assim como a dengue, são tratados apenas a febre e as dores no corpo. A recomendação de beber muita água e manter-se em repouso também é indicada para essa doença.
A zika também é uma doença viral e chegou ao Brasil em 2015. Seu nome foi dado em referência ao local em que o vírus foi identificado pela primeira vez: Floresta Zika, na Uganda.
Em relação aos sintomas, a zika apresenta-se muito mais branda do que a dengue e a chikungunya, uma vez que 80% dos pacientes não apresentam nenhuma manifestação clínica. Quando os sintomas aparecem, eles são febre baixa, dores leves nas articulações, manchas e coceira. Pode aparecer ainda vermelhidão nos olhos, inchaço pelo corpo, tosse e vômitos. Complicações graves são raras, entretanto, podem ocorrer.
A zika destaca-se pela sua associação com casos de microcefalia, uma malformação que faz com que o cérebro dos bebês não se desenvolva de maneira adequada. Além disso, a doença também está relacionada com a Síndrome de Guillain-Barré, que causa fraqueza muscular e paralisia dos músculos.
A zika é uma doença sem tratamento específico, sendo recomendado apenas o controle das dores e da coceira pelo corpo. Também é recomendado repouso e ingestão de líquidos.
A febre amarela é uma doença grave causada por um vírus e transmitida por mosquitos. Em áreas florestais, o principal transmissor é o mosquito do gênero Haemagogus; na área urbana, o principal vetor é o Aedes aegypti. Vale destacar que a febre amarela urbana foi erradicada em 1942, entretanto, a forma silvestre ainda ocorre em nosso país. Diante dessa erradicação, a doença é pouco lembrada quando falamos das doenças transmitidas pelo A. aegypti.
A febre amarela provoca no paciente febre alta, cansaço, dores pelo corpo e de cabeça, náusea, vômitos e calafrios. Em casos mais graves da doença, o paciente pode desenvolver problemas no figado e no rim, hemorragias e icterícia (pele e olhos amarelados). A forma grave pode causar a morte.
A febre amarela também é uma doença que não possui tratamento. A recomendação é de repouso e ingestão de líquidos. Em casos graves, pode ser necessária a internação em UTI e reposição da perda sanguínea causada pela hemorragia.
 

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