Um homem de 62 anos foi preso na tarde desta quarta-feira (1º) por suposto crime de injúria racial, após agredir uma mulher no Centro de Maringá, no norte do Paraná.
A vítima, que tem 32 anos, é servidora municipal e estava em frente à Secretaria Municipal da Mulher no momento da agressão. Segundo ela, o homem ofendeu uma outra mulher na rua. Em entrevista à RPC Maringá ela contou o que aconteceu,mas preferiu não ser identificada.
“Tava sentada eu e uma outra companheira. E esse senhor passou e parou na nossa frente. E vinha de longe uma outra pessoa, e ele olhou pra gente e falou: “Olha lá aquela gorda... Tá rindo para o celular em vez de falar de Deus”. E eu falei pra ele: “Por que o senhor não cuida da sua vida?”. Assim, ele não gostou da minha fala e foi embora”, relatou.
Ainda segundo a vítima, alguns minutos depois o homem voltou e começaram as agressões.
“Ele voltou me chamando de 'preta', 'macaca', 'fedida'. E já veio dando golpes. Deu dois socos no meu rosto”, disse.
Um outro servidor municipal e pessoas que estavam perto do local tentaram intervir até a chegada da Guarda Municipal.
“Em frente à Secretaria da Mulher, né? Uma ironia”, declarou a vítima, que afirmou que não conhecia o agressor.
Após ser contido, o homem foi encaminhado à delegacia, onde foi autuado em flagrante por injúria racial e lesão corporal, segundo o delegado de plantão, Luis Alves.
“Foi conduzido pela suposta prática do crime de injúria racial tendo em vista que proferiu diversas palavras ofensivas, utilizando ali como motivação a cor, a raça da vítima. Procedemos a autuação em flagrante dele por esse delito, além da autuação por lesão corporal, tendo em vista que ele golpeou essa vítima no pescoço por algumas vezes", detalhou o delegado.
De acordo com o artigo 140, parágrafo 3º do Código Penal, injúria racial se refere a ofensa à dignidade ou decoro utilizando palavra depreciativa referente a raça e cor com a intenção de ofender a honra da vítima.
A fiança estabelecida ao suspeito é de R$ 5 mil e, até as 19h30 desta quarta, o valor não tinha sido pago, e o homem continuava preso.
