Daniela Albuquerque: “Dei uma refinada, mas sei como funciona um fogão, como encerar um chão”

Daniela Albuquerque é Capa da Quem dessa semana (Foto: Andrea Dallevo/Ed. Globo)

Abre Daniela Albuquerque (Foto: )

 
O início da carreira de Daniela Albuquerque como apresentadora de TV foi marcado por inúmeras críticas. Aos 25 anos e à frente do reality Dr Hollywood, a sul-mato-grossense tinha sotaque carregado e o estigma de ser a mulher do dono da RedeTV!, Amilcare Dallevo Jr.. Os dois haviam se conhecido em 2004, quando Dani já trabalhava na emissora, e se casado dois anos depois. Alçada a estrela do primeiro time do canal, restava saber se Daniela duraria no posto que conquistou e se o casamento vingaria
 
Passados 12 anos, o casamento segue firme e forte e a carreira vai muito bem, obrigada! Juntos, Dani e Amilcare são pais de Alice, de 6 anos, e Antonella, de 3. E há 3 anos, a apresentadora comanda o Sensacional, um dos carros-chefe da emissora. "Muita gente bacana começou a topar participar (do programa) e abrir a casa. Eu me descobri nesse formato de entrevista", diz.
 
Prestes a completar 36 anos, neste domingo (22), Daniela comemora suas conquistas e orgulha-se de seu passado humilde, em Dourados, Mato Grosso do Sul. "Minha vida não tem uma separação de antes e depois. Eu era muito feliz e sou agora. Passei dificuldades, mas felicidade é um estado de espírito. Dei uma refinada, mas sei como funciona um fogão, como encerar um chão", conta ela, que recebeu QUEM pela primeira vez na mansão onde vive com a família em São Paulo.
 
Com exclusividade, ela abriu as portas de sua luxuosa casa e deixou ser fotografada -- pelas lentes da enteada, Andréia Dallevo -- em momentos de pura intimidade com as filhas e em ambientes reservados como seu closet, cozinha e escritório.
 

Daniela Albuquerque (Foto: Andrea Dallevo/ Ed. Globo)

Daniela Albuquerque (Foto: Andrea Dallevo/ Ed. Globo)
 
O Sensacional já completou três anos no ar. Em que momento está o programa?
Quando estreou, nunca tinha feito programa com plateia. Foi um desafio. Me vi aos domingos, numa briga terrível por audiência, e as pessoas ali, me olhando. Me deu um friozinho na barriga. Começamos a reprisar às quintas-feiras e a audiência aumentou muito. Daí, mudamos definitivamente de dia e o programa deu certo! Muita gente bacana, de peso, começou a topar participar, abrir a casa. E eu me descobri nesse formato de entrevista. Comecei na TV como repórter do Bom Dia Mulher (apresentado por Olga Bongiovanni e exibido na RedeTV! entre 2002 e 2009 ) e cobria reportagens externas. Depois fui apresentar e não sabia que era capaz de fazer entrevistas legais, na qual as pessoas abrem o coração, falam coisas que nunca disseram antes. Tem gente muito mais na frente do que eu na TV sentando comigo e se sentindo confortável. Isso é muito bom, parece que agora encontrei meu caminho e também estou muito feliz. Quando o Sensacional começou a fazer entrevistas, recebemos muitos 'nãos'. Muitos artistas ficavam com medo e agora ligam para a produção para participar.
 
Como você lidou com essa resistência?
Quando vieram me elogiar por eu estar conseguindo boas entrevistas eu disse que era um pouco de sorte. Mas também se deve à minha personalidade. Eu sou bandeira branca, não tento conseguir uma aspa que comprometa a pessoa. Eu sento com um convidado sem nenhuma arma, quero que ele fale. O artista é a estrela maior, então eu deixo ele falar. E a minha produção é um time, a gente vai atrás. Se a pessoa escreveu um livro, a gente lê, fuça tudo. Não faço pergunta besta, tento descobrir algo novo, o que o artista nunca falou porque não se sentiu confortável.
 

Aspas Daniela Albuquerque (Foto: )

 
Você nunca se abalou com essa resistência ao programa?
A gente se sente o patinho feio por ser rejeitado. Mas pensei em fazer um bom trabalho e sabia que as pessoas iam se redimir. Não desisti, tenho o meu valor. Eles não sabiam o que estavam perdendo (risos).
 

Daniela Albuquerque (Foto: Andrea Dallevo/ Ed. Globo)

Daniela Albuquerque (Foto: Andrea Dallevo/ Ed. Globo)
 
Você está em um momento de querer que os convidados apareçam mais que você...
Sempre foi assim, desde o começo. Comecei na TV fazendo reportagem, era jornalista, então sempre deixei as outras pessoas brilharem. E no Sensacional o convidado é a estrela da noite. Você tem que deixar a vaidade de lado, não precisa falar mais, parecer inteligente. Sou supervaidosa, adoro estar bonita, mas não sou o foco. Não me sinto uma artista. Gosto de ouvir, saber das histórias, sou curiosa, presto atenção.
 
Para sua equipe nunca foi um problema trabalhar com a dona da emissora?
Tem gente que ficou com medo, mas só me contou depois de termos intimidade. Tem um motorista aqui da RedeTV!, o Osmar, que está comigo faz uns dois anos e ele só falou agora que quando disseram que ele me levaria nas pautas, ele até chorou, pediu para ser mandado embora. Quem trabalha comigo não me vê como a mulher do Amilcare. Já trabalho aqui faz mais de dez anos e vejo que conquistei um carinho que não é ‘vou fazer porque é a mulher do dono, para agradar, para puxar o saco’. Sinto que estão comigo porque gostam. Aqui a gente é uma família, e o sucesso do programa não depende só de mim, porque se o maquiador não gostar de mim ele faz um panda no meu rosto (risos). Eu confio nos profissionais, não faço a chata. Deixo eles trabalharem.
 

Daniela Albuquerque (Foto: Andrea Dallevo/ Ed. Globo)

Daniela Albuquerque (Foto: Andrea Dallevo/ Ed. Globo)
 
E você ser casada com o patrão, como é?
A gente nem se vê. É raríssimo ele passar aqui. Ele fica resolvendo as 'buchas' da TV e não se envolve com a parte artística. O Ricardo de Barros é o superintendente artístico da emissora e tenho a Paloma Bueno, então falo com eles. E em casa a gente não fica falando de trabalho. Claro que quando a gente assiste ao programa juntos, ele fala alguma coisa. É uma oportunidade de ouvir a opinião do seu chefe. Ele entende super de TV, então eu já anoto, mas não é sempre que ele assiste. E eu gosto de falar de outras coisas, dou uma desligada um pouco.
 

Aspas Daniela Albuquerque (Foto: )

 
Você é uma pessoa muito invejada?
Uma vez, meu marido me disse que a inveja é o sentimento mais justo que existe. Porque a pessoa pode sentir essa inveja, mas ela só consegue o que quer, se você gastar sua energia tentando saber o que ela está pensando. Se você se concentra nisso. É você quem determina se vai se abalar com isso ou não. Tem muita inveja, sim. Tento não absorver e me concentro no meu trabalho. Se você segue em frente, quem sai perdendo é o invejoso.
 

Daniela Albuquerque (Foto: Andrea Dallevo/ Ed. Globo)

Daniela Albuquerque (Foto: Andrea Dallevo/ Ed. Globo)
 
Foi desta forma que encara as críticas?
Eu sempre penso: “não vou passar recibo”. Em rede social, se tem palavrão, eu bloqueio. Se é outra coisa, nem ligo. Porque se eu responder, estou dando a atenção que ela quer. Às vezes, sobe uma raiva, daí eu escrevo para botar para fora. Mas não mando para a pessoa. Não me rebaixo. Já me xingaram de tudo, mas não fico mais de olho no que falam de mim. Eu parei quando estava grávida da Alice. Fui a um evento e fizeram uma matéria sobre mim. Quando li os comentários, alguém tinha escrito uma coisa tão horrível, amaldiçoando a criança, que falei para mim mesma que nunca mais leria essas coisas. Eu estava tão plena que alguém falar mal da minha filha me machucou.
 
E os memes? Você vê com bom humor?
Eu nunca ofendi ninguém, nem prejudiquei, então está tudo bem... Ninguém tem o que falar de mim. Os memes são engraçados, eu me divirto.
 

Daniela Albuquerque (Foto: Andrea Dallevo/ Ed. Globo)

Daniela Albuquerque (Foto: Andrea Dallevo/ Ed. Globo)
 

Aspas Daniela Albuquerque (Foto: )

 
Você e o Amilcare já estão casados há 12 anos. Vocês descobriram o segredo do “felizes para sempre”?
São 12 anos de casados e 14 juntos. Meu marido me conquistou de uma forma que eu falo pra ele: “Você fez chá de cueca?” (risos). Ele fala que foi amor à primeira vista, mas comigo não foi. Em uma semana, ele falou que me amava. Eu falei: “Você nem me conhece, tá louco?”. E ele foi me conquistando. A primeira vez em que eu disse “eu te amo” foi depois de 6 meses. Eu gostava de estar com ele, tinha química, mas acho que é porque sou leonina, não gostava muito de demonstrar sentimentos. Eu gostava dele, do cheiro, do beijo, mas ele falava “eu te amo” e eu ficava quieta, porque não sentia o mesmo. Sou tão sincera, tão leal, que acho que ele percebeu que eu não falava da boca para fora para agradar. Mulher do Mato Grosso do Sul é mulher bruta, não tem isso de melodrama. No dia em que falei (eu te amo) saiu, nunca me esqueço. Quanto a relação duradoura, não sei. É um cuidado no dia a dia. Ele coloca pasta de dente na minha escova de manhã, um pega a toalha de banho para o outro... Temos cada um o seu banheiro e ele nunca tomou banho no dele. A gente fica muito juntos, gostamos de dormir de conchinha, viramos a noite conversando. Temos uma cumplicidade grande. Tive outros relacionamentos, mas enjoei. E não sei enjoar do meu marido.
 

Daniela Albuquerque (Foto: Andrea Dallevo/ Ed. Globo)

Daniela Albuquerque (Foto: Andrea Dallevo/ Ed. Globo)
 
Sempre foi assim?
Quando começamos a morar juntos, brigávamos pra caramba. Já morei junto com outro namorado, foi bom, mas não deu certo. Com o Amilcare eu era muito ciumenta, não era tão madura, qualquer coisa eu ficava emburrada. Ele teve muita paciência comigo. Quando nos conhecemos eu tinha acabado de fazer 22 anos, me casei com 24, era muito menina. Daí, ele dava um tempo e eu começava a sofrer porque queria ele perto de mim. Era uma coisa de orgulho, de querer que ele pedisse desculpa. Se fosse um marido da minha idade, não teria tido essa paciência. Agora tenho preguiça de brigar. Antes eu não conseguia dialogar. É coisa do interior, briga e fica meses sem se falar. É uma covardia de não querer conversar. Hoje em dia, se tem algo que me incomoda eu falo na hora, já resolvo. Eu era infantil, não conseguia me expressar. Hoje não sou mais assim.
 

Daniela Albuquerque (Foto: Andrea Dallevo/ Ed. Globo)

Daniela Albuquerque (Foto: Andrea Dallevo/ Ed. Globo)
 
Você vai fazer 36 anos, como lida com a passagem do tempo?
Você sabe que eu me acho mais bonita agora? Me sinto melhor. Faço coisas com o meu corpo que eu não fazia aos 18. Faço pilates, luta, me sinto jovem. Nas minhas fotos da Bodas de dez anos, estou muito mais bonita do que no dia do casamento. Nas bodas de 15, estarei melhor ainda. E meu marido é mais bonito hoje do que quando o conheci.
 
Como foi feita a decoração da sua casa?
Eu opino em tudo, trabalho junto. A Gigi Guzzo faz o que eu tenho vontade. Escolho as cores, mando referências. Somos muito clássicas e eu gosto de desenhar umas coisas, sou supercriativa. Não é que vejo e quero fazer igual. Vem na minha cabeça. E adapto coisas, transformei uma mesa de jantar em uma de escritório, mandei fechar, colocar gaveta, um capitonê de couro branco e cristais porque amo brilho. E gosto de reciclar, reformar, se sobra tecido eu faço almofada...
 

Daniela Albuquerque (Foto: Andrea Dallevo/ Ed. Globo)

Daniela Albuquerque (Foto: Andrea Dallevo/ Ed. Globo)
 

Aspas Daniela Albuquerque (Foto: )

 
A casa tem muitos espelhos, brilhos, móveis dourados...
Gosto muito. De dourado, brilho, cristal, passamanaria nas cortinas. É aconchegante, clássico, bem realeza. Sei lá, acho que na vida passada eu era da realeza, alguma coisa assim (risos). Eu amo coisa clássica.
 
Até os brinquedos das crianças são clássicos, né?!
Elas também têm as bonecas do Frozen, mas eu gosto muito de leão (que aparece nas fotos), e elas gostam de todo tipo de brinquedo. Comprei kit de vassourinha, espanador... Elas gostam de brincar de faxina, e aquela casinha de bonecas elas amam, foi feita por um cenógrafo da RedeTV!, o Gustavo Falomir, que me deu de presente. É enorme, pesada, com tudo pequenininho, cheio de detalhes. Fiquei muito emocionada, porque nessas horas, pode ter isso de eu ser a mulher do dono, mas ele é um superartista, tem emprego garantido por mérito dele, não precisa puxar saco de ninguém, e fez isso para mim porque sabe que eu gosto e quis me presentear. É tão gostoso esse carinho, é um brinquedo muito especial.
 

Daniela Albuquerque (Foto: Andrea Dallevo/ Ed. Globo)

Daniela Albuquerque (Foto: Andrea Dallevo/ Ed. Globo)
 

Aspas Daniela Albuquerque (Foto: )

 
Você foi criada em circunstâncias bem diferentes. Você já tinha esse olhar aguçado para decoração?
Acho que é uma coisa que nasceu comigo. Eu não tinha grana para decorar a casa, então, quando fazia faxina, trocava tudo de lugar. Aí, eu sentia que tinha mudado tudo. O meu quarto era impecável. Uma vez, consegui comprar um kit que vinha cortina, o edredom e as almofadas e foi a “belle époque”. Eu sempre gostei de cuidar de casa, de fazer as coisas. Eu e meu marido jantamos todas as noites à luz de velas. A gente combina muito nessas coisas. Quando a gente vai comprar alguma coisa, eu escolho o que ele escolhe e ele escolhe o que eu quero. É uma coisa de energia, de gostar das mesmas coisas. Claras, românticas. Lá no Mato Grosso eu fazia o que dava.
 
Você é apegada a objetos caros? Ou algo pode ser bonito e barato?
Eu não ligo para marca. Tenho que bater o olho e tocar meu coração. De um bordado a algo mais elaborado. Minha casa é uma mistura de tudo. Minhas coisas não são caras. Gosto de ir em feira de decoração, procuro tudo. Gosto de comprar em atacadista, adoro negociar preço. Eu era vendedora, comprava muambas no Paraguai.
 

Daniela Albuquerque (Foto: Andrea Dallevo/ Ed. Globo)

Daniela Albuquerque (Foto: Andrea Dallevo/ Ed. Globo)
 

Aspas Daniela Albuquerque (Foto: )

 
Você não é dessas que chega e só passa o cartão?
Imagina! Quando vou comprar algo com meu marido eu falo: “Deixa que eu negócio. Quem paga à vista, é traficante, eu sou trabalhadora assalariada. Divido em várias vezes, sempre em mais de quatro. E sempre peço brinde (risos).
 

Aspas Daniela Albuquerque (Foto: )

 
Como você manteve o pé no chão? Em algum momento se deslumbrou?
Graças a Deus, nunca me deslumbrei. Tive muito medo de perder o rumo, a noção da realidade. Discuti muito isso na terapia. Quando eu comecei a apresentar o Dr. Hollywood eu tinha um sotaque muito forte e fazia fono. Um dia, minha fonoaudióloga me disse que eu precisava esquecer aquela menina do interior que eu tinha sido. Senti aquilo como se fosse uma agressão, fiquei mal. Eu queria mudar meu sotaque, mas eu adoro lembrar o que vivi na minha terra, me dá orgulho contar. Não tenho vergonha e nunca tive. Minhas amigas pediam para os bofes deixarem elas na esquina pra não mostrar a casinha pobre onde moravam, e eu não. Nunca tive receio de o Amilcare conhecer minha família e onde vivi. Para mim é absurdo um negócio desses. Quando meu pai morreu, morei com a minha avó numa casa sem banheiro. A gente fazia necessidades num buraco que você olhava e tinha até sapo. Não tinha chuveiro, tinha um cano. A felicidade da minha vida foi quando pegaram uma lata daquela cera vermelha e furaram com prego para não cair a água direto na minha cabeça. É uma delícia lembrar.
 

Aspas Daniela Albuquerque (Foto: )

 
Você era feliz?
Eu era feliz e continuo sendo feliz. Minha vida não tem uma separação de antes e depois, eu era muito feliz e sou agora. Passei dificuldades, mas felicidade é um estado de espírito. Eu sou uma pessoa que nada me assusta, me encaixo em qualquer ambiente. Eu dei uma refinada, aprendi muita coisa, mas eu sei como funciona um fogão, como encerar um chão. Sou toda fina, sei falar de museu, de livros, teatro, Stanislavski, e também sei falar sobre Tião Carreiro e Pardinho.
 

Aspas Daniela Albuquerque (Foto: )

Daniela Albuquerque (Foto: Andrea Dallevo/ Ed. Globo)

Daniela Albuquerque (Foto: Andrea Dallevo/ Ed. Globo)
 

Aspas Daniela Albuquerque (Foto: )

 
Como você passa esses ensinamentos para suas filhas?
Sou bem caxias com isso. Esses dias, a Antonella não queria comer frango cortado, porque ela gosta de morder. Daí, ela queria que eu trocasse o frango. Eu disse: “Você sabia que tem criança que passa fome? Você sabia que tinha dia em que a mamãe não tinha mistura? A mamãe comia arroz, feijão e farinha”. Eu mostro a realidade. Tenho medo de criar criança mimada. Estou conseguindo ensiná-las bem. Elas sabem que não compro tudo toda hora. Às vezes, vou ao shopping e aviso “não é dia de presente para vocês”. Em casa, se elas sujam algo, faço pegar a bucha e limpar. E elas são organizadas. Quero criá-las como se não tivesse ninguém para fazer por elas. Tem que saber lavar louça, levar o prato na pia, botar as coisas no lixo, eu ensino. Dá muito trabalho, mas vale a pena. Sou superpresente com as meninas, é muito gostoso.
 
Pretende ter mais filhos?
Mais? Pergunta pro meu marido (risos)! A Antonella quer um irmão. Ela cuida de um boneco horroroso que ela ama. Ela ainda está na mamadeira, na fralda à noite, então ainda vivo muito a maternidade. Estou supersatisfeita, realizada, mas eu sou supermaternal. Se meu marido disser: “vamos fazer mais um, dois, três”, eu faço quantos ele quiser. Eu adoro estar grávida, parir. Eu escrevi um livro sobre maternidade que vou lançar esse ano. Anotei tudo das meninas, fiz um diário da gravidez. Tive parto normal, amamentei e quero compartilhar isso. Muitas mulheres têm medo. Eu amava estar grávida, é uma plenitude, me senti tão poderosa ao parir, em colocar uma criança no mundo, em amamentar...
 

Daniela Albuquerque (Foto: Andrea Dallevo/ Ed. Globo)

Daniela Albuquerque (Foto: Andrea Dallevo/ Ed. Globo)
 
Você também experimentou um outro tipo de maternidade, que é ser madrasta dos filhos do Amilcare (Alexandre Dallevo, 28, Alilcare Neto, 29, e Andrea Dallevo, 32).
Boadrasta (risos)! Fazia uma semana que eu e o Amilcare estávamos juntos e ele me apresentou para os filhos. Eles eram adolescentes e gostaram de mim. Nunca tive problemas. O Amilcare estava separado da mãe deles fazia algum tempo, ela (a apresentadora Faa Morena, 60) é inclusive minha amiga hoje em dia. A minha família agregou todo mundo. A Déia é muito minha parceira, faz as fotos do Sensacional e fez as da QUEM, a gente fala de tudo. O Amilcare é paizão, liga para saber se chegaram em casa, é uma relação linda e todo mundo se dá muito bem.
 
Você se imagina amiga das suas filhas?
Quero muito ser amiga delas. Daqui vinte anos, estarei bonitona com 56 (risos). Eu sempre chamo as amigas delas para virem em casa, quero ser a “mãe legal”.
 

Daniela Albuquerque (Foto: Andrea Dallevo/ Ed. Globo)

Daniela Albuquerque (Foto: Andrea Dallevo/ Ed. Globo)
 
Créditos:
Fotos: Andrea Dallevo
Beleza: Marco Diniz
Stylist: Claudio Vaz
 
Look capa: Vestido Fabiana Milazzo, joias Marisa Clermann
Look escada: Vestido Leticia Manzan, joias Marisa Clermann
Look closet: Vestido Vitor Zerbinato, joias Marisa Clermann
Look cozinha: Vestido Martha Medeiros, joias Marisa Clermann
Look escritório: Blazer Maison Alexandrine, Marisa Clermann
Look quarto das crianças: Vestido Vitor Zerbinato, joias Marisa Clermann
Look brincadeira com as crianças: Vestido Empório Armani, joias Marisa Clermann