03/09/2024 às 11h26min - Atualizada em 03/09/2024 às 11h26min

​Em média 38 suicídios são registrados diariamente no Brasil

Por Isa Machado com dados da ALEP
O dia 10 deste mês é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a iniciativa acontece durante todo o ano. Atualmente, o Setembro Amarelo é a maior campanha ante estigma do mundo. Em 2024, o lema é “Se precisar, peça ajuda!” e diversas ações já estão sendo desenvolvidas.
De acordo com a última pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde - OMS em 2019, são registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo, sem contar com os episódios subnotificados, pois com isso, estima-se mais de 01 milhão de casos. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano, ou seja, em média 38 pessoas cometem suicídio por dia. 
No Paraná, a Lei nº 18.871/2016 trata sobre o tema e foi atualizada por proposição da deputada e Mabel Canto (PSC) e pelo ex-deputado Dr. Batista, autores da Lei nº 20.229/2020, que criou a Semana de Valorização da Vida e de Prevenção da Automutilação e do Suicídio.
O objetivo dessa legislação é o de promover a reflexão e a conscientização sobre essa temática, com o objetivo de dignificar a vida em relação ao aumento do índice de suicídios e a automutilação, esclarecendo à população, através de palestras, debates e audiências públicas, sobre como identificar possíveis sinais suicidas e como auxiliar o acompanhamento de indivíduos que apresentem esse perfil, visando minimizar a evolução dos quadros que podem chegar ao suicídio.
Dados
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), todos os anos, mais pessoas morrem como resultado de suicídio do que HIV, malária ou câncer de mama - ou guerras e homicídios.
O Anuário Brasileiro de Segurança Pública, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em 2023, mostrou que houve 16.262 registros de suicídio no Brasil em 2022. São 8 suicídios por 100 mil habitantes, uma elevação de 11,8% em relação a 2021, que registrou 7,2 homicídios por 100 mil habitantes. A grande preocupação é que os índices de suicídio seguem uma tendência de crescimento desde 2010.
Jovens
Entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio é a quarta causa e morte depois de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal. Trata-se de um fenômeno complexo, que pode afetar indivíduos de diferentes origens, sexos, culturas, classes sociais e idades.
Dados da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) do Sistema Único de Saúde (SUS), apurados de 2013 a 2023, mostram que o nível de ansiedade entre crianças e jovens superou o verificado em adultos. A análise dos números indica que a situação socioemocional dos mais jovens passou a ficar mais crítica do que a dos adultos em 2022, com o aumento considerável na taxa de pacientes atendidos com transtornos dentro da faixa etária entre 10 e 14 anos.
Para 2024, a campanha Setembro Amarelo reforça a importância de quebrar o silêncio em torno do tema, incentivando o diálogo e a busca por ajuda em momentos de crise. Ao longo do ano, a campanha disponibilizará uma série de materiais educativos e informativos, acessíveis a todos, com o intuito de engajar a sociedade na causa.
Sinais de alerta
Fique atento caso perceba alguém:
Mostrar falta de esperança ou muita preocupação com sua própria morte
Expressar ideias ou intenções suicidas
Se isolar de suas atividades sociais e cortar o contato com outras pessoas
Além disso: perder o emprego, sofrer discriminação por orientação sexual ou identidade de gênero, sofrer agressões psicológicas ou físicas, diminuir práticas de autocuidado.
 
 

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