02/09/2024 às 11h14min - Atualizada em 02/09/2024 às 11h14min

​Palestra ministrada pela psicóloga Luana Ganzert com o tema “ Transformando Dor em Força” é realizada na Casa da Cultura de Siqueira Campos

JCN/ Por Isa Machado
Palestra ministrada pela psicóloga Luana Ganzert com o tema “ Transformando Dor em Força” é realizada na Casa da Cultura de Siqueira Campos
 
JCN
Por Isa Machado
 
No dia 28 de agosto o projeto Elas por Elas, formado por um grupo de mulheres da cidade de Siqueira Campos, fundado em 2019 pela jornalista e locutora Adriana Diniz, promoveu uma palestra na Casa da Cultura do município, com a psicóloga Luana Ganzert que abordou o tema “ Transformando Dor em Força”.
 
Nem toda a sociedade está ciente, mas é importante falar sobre o assunto durante todos os dias e não somente no mês de agosto que foi instituído um mês especial para abordar a causa, porém essas mulheres aproveitaram a data para reforçar, mesmo abordando o assunto todos os dias por elas.
Na palestra foram apresentadas estatísticas dos indicies de feminicídios e violência doméstica em Siqueira Campos, Paraná e Brasil.
 
O cenário é preocupante, já que sendo município do interior, Siqueira Campos já contabiliza 71 medidas protetivas e um feminicídio, sem contar os dados de violência não registrados, já que nem todas as mulheres denunciam por algum motivo, sendo um deles o medo. O Paraná é o segundo Estado do país com maior incidência, ficando atrás apenas de São Paulo.
 
Adriana Diniz falou brevemente sobre o projeto durante o evento, sobre qual o objetivo e em seguida passou a palavra para as demais participantes. A Dra. Rosana Ramos, advogada, que faz parte do grupo, falou sobre a Lei Maria da Penha e deu exemplos de casos de violência doméstica, bem como falou sobre uma notícia de tentativa de feminicídio ocorrida recentemente no Paraná, em seguida passou a palavra para a psicóloga Luana Ganzert.
 
As demais integrantes do projeto, deram total suporte ao evento em outros aspectos importantes. O Diretor de Cultura Flávio Mello, também esteve presente e deu a toda assistência necessária.
A psicóloga falou sobre todos os tipos de violência contra a mulher, bem como destacou a importância da empatia e prevenção. Foram apresentados slides demonstrando o ciclo da violência e alguns métodos para identificar possíveis violências.
 
“A Importância de uma palestra sobre Transformando Dor em Força - A recuperação do emocional após uma violência doméstica desempenhou um papel crucial em diversos níveis.  O ciclo da violência e os recursos disponíveis para sair dessa situação, além de ajudar a conscientizar a sociedade sobre a prevalência da violência doméstica e seus impactos, ao abordar abertamente o tema, a palestra contribuiu para quebrar tabus e estigmas em torno da violência doméstica. Principalmente falando sobre a prevenção,  informando sobre os sinais de alerta e os recursos disponíveis, a palestra nos ajuda a prevenir que outras pessoas sofram violência doméstica. Na minha opinião a palestra traz recursos para o empoderamento das mulheres, a olhar mais pra si mesmas e tomar a consciência buscando recursos. Ao abordar um tema tão delicado e importante, a palestra contribuiu para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, livre de violência”, destacou a criadora do projeto, Adriana Diniz.
O evento contou com a participação de Genesis Machado Filho, estudante e ativista engajado na causa da mulher, lutando pelos direitos de igualdade. Ele filmou a palestra e produzirá um breve documentário destacando a importância da conscientização e prevenção desses tipos de violência.
"Agosto Lilás" é uma campanha importante no Brasil, dedicada à conscientização sobre a violência contra a mulher e à promoção dos direitos femininos. Instituído para marcar o aniversário da Lei Maria da Penha de 07 de agosto, este mês visa educar, informar e mobilizar a sociedade contra a violência doméstica e familiar.
Desde sua criação em 2006, a Lei Maria da Penha tem sido um marco na proteção dos direitos das mulheres, oferecendo instrumentos legais essenciais para enfrentar a violência. O Agosto Lilás, não apenas celebra os avanços conquistados, mas também enfatiza a necessidade contínua de combater todas as formas de violência contra a mulher.
 
PRINCIPAIS TIPOS DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
. Quando falamos em violência contra a mulher, pensamos apenas em agressões físicas. No entanto, os tipos de violência praticados contra mulheres não se resumem à agressão que resulta em lesão corporal. A Lei Maria da Penha, que cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, discrimina cinco formas de violência, entre outras. São eles:
I – a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal;
II – a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação;
III – a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos;
IV – a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades;
V – a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria.
 
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