"A lógica do capital transforma a água em um negócio, mas não é possível o poder público pensar dessa forma. O poder público deve atender as necessidades do povo e não do capital. É papel da gente ajudar a construir esses canais para que a participação da sociedade seja ativa e com poder de intervenção na definição da política", declarou.
O fórum oficial está na oitava edição e, pela primeira vez, acontece no hemisfério sul. Dele, é esperada a definição de novas metas e ações para que o mundo consiga garantir, até 2030, água limpa e saneamento básico para todos, cumprindo um dos chamados "Objetivos do Milênio", definidos pela ONU.
A Agência Reguladora de Águas do Distrito Federal (Adasa), é uma das organizadoras do evento. Especialista em recursos hídricos, o diretor da agência Jorge Werneck disse contar com o apoio do Legislativo e do Judiciário para a conquista desses objetivos.
"Um dos grandes objetivos do Fórum Mundial da Água é levar a pauta para a área política. É importante entender as diferenças entre a legislação ambiental e a legislação de recursos hídricos”, explicou.
Debates
O deputado Izalci Lucas (PSDB-DF) confirmou participação em vários debates para cobrar ações educativas sobre o uso racional da água. Izalci sugeriu sessão solene, realizada no Plenário da Câmara na sexta passada (16), para chamar atenção para o Dia Mundial da Água, comemorado em 22 de março. "Não adianta fazer uma propaganda ali e outra aqui. Tem que fazer uma campanha de um ou dois anos só falando de água, porque, assim, educa-se", destacou.