29/04/2024 às 11h01min - Atualizada em 29/04/2024 às 11h01min

​Escola descobre que golpistas vendem diplomas falsos por até R$ 400 com o nome da instituição

Única forma de conseguir um diploma válido da escola, é cursando regularmente as aulas. Polícia investiga o caso.

Por g1 PR e RPC
Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos (CEEBJA) — Foto: RPC
Funcionários do Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos (CEEBJA), em Curitiba, descobriram que golpistas estão vendendo diplomas falsos na internet usando o nome da instituição.
O caso foi registrado por meio de um Boletim de Ocorrência na quinta-feira (25) e a polícia investiga.
De acordo com Solange Regina Valente, diretora do centro, as ofertas são feitas por meio das redes sociais e o golpista promete certificados e diplomas de diversas instituições de ensino. No caso do Ensino Médio, o custo é de R$ 400.
O criminoso promete adicionar os dados do cliente nos sistemas da escola e da Secretaria Estadual de Educação (Seed-PR), o que dificultaria o descobrimento da fraude.
Porém, segundo a diretora, a promessa é mentira.
"Esses falsificadores dizem que estão certificando na escola e na secretaria, mas é mentira. Nós consultamos um por um desses alunos e nenhum deles está no sistema. Essas pessoas estão comprando um documento que não tem validade nenhuma", explica.
A diretora conta ainda que para persuadir o cliente a fechar o negócio, o golpista envia mensagens de outros clientes elogiando o trabalho.
Segundo Valente, a única forma de conseguir um diploma válido da escola, é cursando regularmente as aulas.
Além disso, conforme a escola, o modelo do diploma oferecido pelo criminoso é de 2002 e deixou de ser usado há alguns anos.
A diretora compartilha ainda a frustração de ver o nome da escola sendo usado para enganar pessoas.
"São anos de trabalho para fazer uma escola digna, respeitada, onde os alunos vem. Os alunos que vêm para Educação de Jovens e Adultos são alunos que vem de uma condição de vida de muita perda. Quando eles vêm para cá, eles vêm procurando uma escola que seja receptiva. E aí, de repente, você vê o nome dessa escola que você tanto lutou para ser receptiva, sendo usado por bandidos", desabafa.
 

 

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