08/03/2024 às 11h45min - Atualizada em 08/03/2024 às 11h45min

Prisão de farmacêutico por falsificação de medicamentos leva polícia a encontrar contêineres ‘abarrotados’ de remédios

Suspeito é acusado de viciar vítimas em fentanil – droga que causa dependência excessiva e é conhecida como a “droga da morte”; nova carga foi encontrada em Piraquara

Por Redação Banda B
A prisão de um farmacêutico suspeito de falsificar medicamentos, nesta semana, levou a Polícia Civil a encontrar três contêineres carregados com remédios sem procedência, na manhã desta sexta-feira (8). Os produtos foram localizados em uma empresa situada em Piraquara, na região metropolitana de Curitiba.
Segundo apontam as investigações, as drogas encontradas nos contêineres pertencem ao farmacêutico preso no bairro Xaxim, em Curitiba, na última terça-feira (5). O farmacêutico vendia substâncias consideradas medicações altamente viciantes – como morfina e metadona. Além disso, é acusado de viciar vítimas em fentanil – droga que causa dependência excessiva e é conhecida como a “droga da morte”.
Segundo a delegada Aline Manzatto, que atua na Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Saúde, o caso passou a ser investigado após o homem procurar a polícia e revelar extorsões e ameaças de morte.
“Uma vítima havia sofrido um acidente de trânsito. Durante o tratamento, precisou de morfina e acabou viciando nessa droga utilizada para minimizar a dor. Tomamos conhecimento sobre situações de extorsões e tráfico por meio de uma vítima dele, que veio até a delegacia”, disse ela.
Cada ampola de fentanil era vendida por R$ 10 mil. Uma das vítimas chegou a contrair uma dívida de R$ 120 mil. De acordo com Manzatto, a droga é “extremamente potente” e chega a ser “100 vezes mais forte que a morfina”.
O medicamento conhecido como “droga da morte” nos Estados Unidos se tornou a principal causa de óbito entre pessoas com menos de 50 anos no país – onde há o Dia Nacional de Conscientização sobre o Fentanil.
“Após viciar a vítima, principalmente com fentanil, a qual ele cobrava R$ 10 mil cada ampola, ela contraiu uma dívida muito grande. O farmacêutico, então, passou a cobrar a dívida de forma extremamente violenta, com ameaças e dizendo que era policial e que já havia matado outras pessoas”, acrescentou a delegada.
Na sobreloja da farmácia em que o suspeito atuava, havia quatro salas com medicações vencidas, chegando a centenas delas, entre as quais remédios controlados e antibióticos. Os remédios estavam sendo falsificados, tendo sua data de validade suprimida para, novamente, serem postas à venda. Além disso, havia testes para Covid, dengue e até HIV vencidos.
O suspeito já havia sido condenado por crimes de disparo de arma de fogo e peculato. Além disso, estava em liberdade provisória e respondia por falsificar medicamentos. A pena prevista para os crimes praticados pelo farmacêutico podem ultrapassar os 30 anos de prisão.
 

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