06/03/2024 às 10h37min - Atualizada em 06/03/2024 às 10h37min

​Homem é indiciado por suspeita de matar e simular suicídio da ex-namorada no Paraná

Caso foi 2022, em Quedas do Iguaçu. Segundo polícia, suspeito matou a vítima porque ela estava reatando com ex-companheiro. g1 tenta identificar defesa do indiciado.

Por g1 PR
Segundo polícia, ex-namorado tentou simular suicídio de Marian Braga — Foto: Reprodução/Polícia Civil
Cleverson de Lara, suspeito de matar e simular o suicídio da ex-namorada, Marian Braga, foi indiciado por homicídio triplamente qualificado e fraude processual, de acordo com a Polícia Civil de Quedas do Iguaçu.
Entre as qualificadoras está feminicídio. O g1 tenta localizar a defesa do homem.
Conforme a polícia, a jovem foi encontrada morta em maio de 2022. O inquérito foi concluído pela polícia na segunda-feira (4).
Inicialmente o caso foi tratado como suicídio, porém familiares da vítima sustentam que a morte se tratava de um crime.
Com as investigações, a polícia descobriu que Cleverson esteve na casa de Marian no dia da morte dela. Antes da descoberta, ele tinha dito aos policiais que não estava na cidade quando a jovem morreu.
Para a polícia, o intuito do suspeito foi "desviar e induzir em erro as investigações".
“Marian, à toda evidência, foi morta por ser mulher e por querer tomar suas próprias decisões existenciais”, disse o delegado de Polícia Civil Emanuel Fernandes Monteiro de Almeida, responsável pelo inquérito do caso.
Com a conclusão do inquérito, o Ministério Público do Paraná (MP-PR) ofereceu denúncia contra o indiciado na segunda-feira (4) e aguarda retorno do juiz.
Suspeito mudou versão parcialmente
De acordo com a polícia, durante as investigações, Cleverson enviou uma carta para a delegacia mudando de versão e relatando que havia, sim, ido até a casa da vítima no dia da morte.
Conforme a polícia, no entanto, o homem sustentou que Marian havia se enforcado, mas não explicou o motivo de não ter prestado socorro ou acionado a polícia.
A vítima foi encontrada cerca de 15 horas após a morte.
De acordo com as investigações, após o crime, o homem deixou a residência e trancou a porta. Imagens obtidas pela polícia mostram o homem circulando por diversas ruas da cidade na noite da morte.
Motivação, segundo a polícia
A investigação apurou que o crime foi motivado porque Marian pôs fim ao relacionamento com Cleverson, descrito pela polícia, após relatos de testemunhas, como "conturbado e com demonstrações descontroladas de ciúmes" por parte do suspeito.
A polícia acredita que o assassinato aconteceu após o suspeito descobrir que Marian queria reatar o relacionamento com o pai do filho dela. A idade da criança não foi revelada.
“O fato de Marian possivelmente reatar com seu ex-companheiro e pai de seu filho foi mola propulsora para o cometimento do abjeto crime de homicídio qualificado, o que fez o investigado fazer bate-e-volta de São Paulo a Quedas do Iguaçu com o único desiderato de ceifar a vida de Marian”, concluiu o delegado.
Prisão do suspeito
Segundo a polícia, diante de todo o "contexto e de inúmeros outros indícios" de que o investigado é o autor do crime, o delegado representou pela prisão temporária de Cleverson. Ele foi detido preventivamente em Campinas, São Paulo, em fevereiro deste ano.
Após a prisão, o delegado disse que outras testemunhas se encorajaram a prestar depoimento sobre o caso.
Com o inquérito concluído, a polícia quer a substituição da prisão temporária por preventiva, para que ele aguarde o seguinte tramite processual. A decisão depende da Justiça.

 
 

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