07/02/2024 às 11h13min - Atualizada em 07/02/2024 às 11h13min
Casos de dengue aumentam em Siqueira Campos, município já contabiliza dois óbitos
JCN /Isa Machado
Os casos de dengue e Siqueira Campos estão aumentando drasticamente, no boletim dessa semana consta 145 casos notificados, 18 confirmados, 109 em andamento e 18 descartados. Até o momento o município contabiliza dois óbitos por dengue, um ocorreu no ano passado e outro neste ano.
O resultado do levantamento de índice rápido pelo LIRA que realizado recentemente no início do primeiro ciclo de janeiro de 2024 ficou em 2, 1%, sendo o recomendado ser sempre abaixo de 1%.
Atualmente a equipe de endemias conta com 12 agentes de campo (11 na cidade de Siqueira Campos e 1 no Distrito da Alemoa). Os agentes são setorizados e cada um é responsável por visitar entre 800 a 1000 imóveis num período de dois meses.
O ano é divido em seis ciclos de visitas (2 meses cada um). Porém é preciso frisar que durante os períodos em que foi recebido mais notificações, pode acontecer dos agentes estarem visitando os imóveis mais vezes devido aos bloqueios.
O bloqueio é a realização de visitas nos imóveis ao redor da casa do paciente suspeito de dengue. É realizada a visita e a busca ativa de pacientes suspeitos de dengue num raio de nove quarteirões e assim que possível é realizado também a nebulização, que para acontecer também depende que o clima esteja favorável, sem ventos fortes ou temperatura muito elevada.
A nebulização só pode ser realizada no raio de quarteirões que tenha um suspeito de dengue. Gostaria de aproveitar e informar que a utilização do inseticida com a nebulização “ fumacê”, é recomendada apenas em situações de emergência como surtos, epidemias e atividades de bloqueio de transmissão através da redução de população adultas do Aedes Aegypti possivelmente infectadas com arboviroses.
Este tipo de controle através de pulverização deve ser utilizado apenas em situações em que as estratégias preventivas não foram suficientes, mas nunca como primeira escolha. Essa é uma orientação do Ministério da Saúde.
O setor de endemias pede que para a população uma maior colaboração tanto para receber os agentes de controle de endemias e agentes comunitários de saúde, mas também nos cuidados em não deixar água parada em suas residências e nas limpezas dos terrenos pela cidade. Existe uma empresa que recolhe lixo duas vezes por semana na cidade, então não tem por que ficar jogando lixo nos terrenos dos vizinhos.
Alguns cuidados nas residências são: Retirar os pratinhos de plantas com água ou preenche-los com areia até a borda, evitar deixar pneus jogados pelos quintais, evitar entulhos, as pessoas que recolhem água da chuva em baldes e caixas d’água devem manter todos esses recipientes bem fechados e fazer o tratamento correto com cloro, por exemplo, para evitar a proliferação de mosquitos. Devem fazer o tratamento correto também de piscinas e limpezas das calhas para que não fiquem entupidas. Imóveis que tenham árvores no quintal ou em frente também dever ser inspecionadas para ver se não tem buracos acumulando água e se for o caso esses buracos devem ser preenchidos com terra.
Caso alguém apresente alguns desses sintomas como: febre alta, dor de cabeça, dores pelo corpo e articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, náuseas e vômitos que são sintomas mais comuns da dengue, procure o posto de saúde mais próximo de sua residência ou hospital para que seja feito tratamento correto.
Mais uma vez pedimos a ajuda e a colaboração da população nesses cuidados para que o município não tenha novamente uma epidemia de dengue e que para todos tenham saúde para viver bem
A equipe de endemias reforça o pedido de colaboração, pois os agentes ainda tem encontrado muito foco nos imóveis e as pessoas ainda continuam jogando entulho e lixo doméstico pelos terrenos e ruas e se continuar assim sem a colaboração de todos na eliminação de criadouros, a nebulização não vai resolver o problema
NO PARANÁ
O Informe Semanal da Dengue divulgado na terça-feira (06) pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) registra 7.238 novos casos e mais dois óbitos pela doença no Paraná. O período sazonal 2023/2024, que teve início em julho do ano passado, soma 29.075 casos confirmados.
As duas novas mortes aconteceram em Apucarana, entre os dias 13 e 18 de janeiro. São dois homens, um de 22 anos e outro de 73 anos, ambos sem comorbidades. São oito óbitos em todo o Estado.
Este é o 22º Informe Epidemiológico publicado pela Vigilância Ambiental da Sesa, que registrou também 93.637 notificações, 21.854 casos em investigação e 38.215 descartados.
As Regionais de Saúde com mais casos confirmados de dengue são a 16ª RS de Apucarana (7.011), 17ª RS de Londrina (2.904), 14ª RS de Paranavaí (2.697), 22ª RS de Ivaiporã (2.663) e 10ª RS de Cascavel (2.264). Já os municípios que apresentam mais casos confirmados são Apucarana (5.023), Londrina (2.307), Ivaiporã (1.536), Maringá (1.319), Paranavaí (1.108), Jandaia do Sul (1.062) e Santa Izabel do Oeste (997).