16/11/2023 às 10h19min - Atualizada em 16/11/2023 às 10h19min
Chefe do tráfico preso em operação em Londrina movimentava R$ 400 mil por semana, diz Gaeco
Suspeito movimentava o dinheiro com o tráfico de drogas e agiotagem. 15 pessoas foram presas e duas estão foragidas. Ação foi realizada na manhã de terça-feira (14).
O chefe do tráfico de drogas preso durante a operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), na terça-feira (14), em Londrina, no norte do paraná, movimentava cerca de R$ 400 mil por semana, segundo a polícia. 15 pessoas foram presas durante a operação contra uma quadrilha suspeita de lavagem de dinheiro através da venda de drogas na região. Ao todo foram 93 mandados de busca e apreensão e 17 de prisão. Dois estão foragidos. Os mandados foram cumpridos simultaneamente em endereços de Cambé, Ibiporã, Foz do Iguaçu, São José dos Pinhais, Curitiba, Itapema (SC), Paranaíba (MS), Marília (SP) e Goiânia (GO). O homem que chefiava o grupo morava em um condomínio de luxo no Bairro Gleba Palhano, na região sul de Londrina. Os agentes apreenderam carros de luxo, jet ski, joias, dinheiro em espécie, celulares e 12 imóveis - alguns de luxo - foram sequestrados por ordem judicial comprados com o dinheiro do tráfico. R$ 400 mil por semana Conforme o promotor do Ministério Público do Paraná (MP-PR), Leandro Antunes, o grupo era formado por terceiros que forneciam nomes para o chefe movimentar o dinheiro. "Nós temos a constituição de diversos laranjas. São pessoas que emprestavam os nomes para o autor principal lavar esse dinheiro, registrar esses bens em nome de terceiros. Temos empresas de fachada que circulava o dinheiro ilegal", disse. O suspeito principal lavava o dinheiro por meio de compra de imóveis através de agiotagem com nome de outras pessoas. Investigação Os alvos estavam sendo monitorados desde 2022, onde havia a movimentação de compras e arrecadação do dinheiro proveniente do tráfico. Denominada "Operação Engenho" tinha como objetivo traçar a rota e o planejamento de como o grupo agia. O suspeito principal, no início da operação, morava em um condomínio de alto padrão em Cambé, cidade vizinha de Londrina.