21/06/2017 às 16h29min - Atualizada em 21/06/2017 às 16h29min

Em meio a crise a prefeitura de Bandeirantes quer aumentar em 30% os Salários dos Secretários

O projeto 039/2017 foi enviado a Câmara de Vereadores e foi aprovado na primeira votação por sete dos 13 vereadores

Gilberto Gimenes
Um projeto de Lei recém-chegado à Câmara de Vereadores de Bandeirantes tem causado uma inquietação na população da cidade. O motivo é que o projeto 039/2017 prevê um aumento salarial de R$ 5 mil, para robustos R$7 mil reais mensais para secretários e assessores do Executivo Municipal. O projeto concede uma recomposição salarial de 30% aos subsídios dos secretários municipais, ao Chefe de Gabinete, ao Assessor Jurídico do Município e ao diretor do Serviço Autônomo de Água e Esgoto – SAAE e segundo uma fonte consultada pelo JCN o reajuste seria concedido a 19 funcionários e teria um impacto de R$350 mil reais por ano aos cofres públicos da cidade.
Dos 13 vereadores da cidade sete votaram favoráveis ao aumento salarial na primeira votação. Serão necessárias mais duas votações para decidir se o projeto entra ou não em vigor.
Os vereadores que votaram favorável ao projeto que prevê um aumento de 30% no salario de secretários e assessores foram: Antônio Carlos Demicio (PSL), Jose Carlos Martins (PPS), José Fernandes da Silva (PP), Luiz Cesar Teodoro Ribeiro (PMN), Luiz Gustavo Onofre (PDT), Sonia Regina Zambone (PDT), Tatiani Sabaini (PDT).
Já os que foram contra o projeto são os vereadores: Carlos Roberto Ferreira Basto (PRB), Daniel Gustavo Silva (PMDB), Jaelson Ramalho Matta (PHS), Manoel Affonso Pirolla Vieira (PMDB), Monica Aparecida Tavares Moskado (PMDB), Raphael Cyriaco Gomes Chaves (PHS).
Revolta
Tão logo o PL 039/2017 foi divulgado, seu conteúdo deixou parte da população revoltada. Muitos cidadãos foram às redes sociais mostrar indignação ao projeto. Um desses grupos é intitulado “Bandeirante não a injustiças”. O JCN conversou com um dos lideres do movimento, o estudante de Filosofia, Paulo Sergio Guerreiro.  “Não somos um grupo de pessoas que se reúnem regularmente ou que articulam politicamente, somos um movimento, um grupo que se expande e se reduz de acordo com as pautas municipais e se reúnem somente se necessário para discussão unicamente das pautas, inclusive isso ocorre em praça pública, claro, muitos dos que compõe este movimento estão sempre participando, como é o meu caso e de alguns outros. Há pautas que abrangem grande público, outros nem tanto, mas de todas as maneiras nossa função, como dito, é funcionar como uma memória e não deixar que as coisas aconteçam sem o impacto que deveriam causar informar e por último mobilizar as pessoas para se oporem de maneira prática as pautas do executivo e legislativo que prejudicam o povo, e estas, não são poucas”, afirmou o jovem.
“A cidade de Bandeirantes passa pelo pior momento, onde um mesmo grupo político manda e desmanda na cidade, escolhe funcionários, manipula informações. Celso Silve e Lino Martins são os coronéis da cidade”, afirmou o estudante, que completou dizendo que “Todos os absurdos jogados ao vento por membros deste grupo antes eram esquecidos, agora, fazemos questão de lembrar, somos a memória do povo bandeirantense”.
Sobre a proposta do aumento salarial de parte dos cargos de confiança do prefeito, Paulo é taxativo. “É triste assumir isso, mas o povo não sabe como funciona o sistema, eles acham que votam em pessoas, quando na verdade votam em grupos de empresários ou em partidos, nunca em um, por este motivo, iludidos de que teriam feito mudanças, escolheram novos nomes, do mesmo grupo político do PDT, Celso Silve e Cia. Assim, as pautas do executivo continuarão passando. No início do ano o então candidato do PSB Nei Demício (dita oposição do então candidato, agora prefeito Lino Martins) foi nomeado Secretário do Trabalho, uma manobra que visa um acordo político, ou Nei será apoiado como chefe do executivo na próxima legislatura para manter o mesmo grupo de coronéis, ou, ele não irá se candidatar para potencializar as chances do candidato do atual grupo ser eleito. Neste cenário é que chega o projeto que visa aumentar o subsídio dos secretários (inclusive de Nei Demício), um projeto que claramente tem total repúdio da população, mas que novamente tentarão passar despercebido, os secretários custarão anualmente cerca de 350 mil reais anuais aos cofres públicos, muitas obras públicas FEDERAIS e ESTADUAIS com orçamento até mesmo abaixo deste valor estão paradas, portanto, obras que poderiam ser feitas com a economia municipal será inviabilizado para manter o luxo de alguns escolhidos deste grupo de coronéis.”
 
Na manhã de quarta-feira (21), a equipe também tentou falar com a presidente da Câmara de Vereadores, Tatiani Sabiani,  no entanto a vereadora informou que esta viajando e que assim que voltar a Bandeirantes ela falará sobre o caso.
O prefeito Lino Martins (PDT), foi procurado pela reportagem do JCN para comentar o caso que repercute fortemente na sociedade bandeirantense. Lino disso que só ira se pronunciar sobre o caso a partir da próxima segunda-feira, 26 de junho.

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