11/01/2018 às 09h56min - Atualizada em 11/01/2018 às 09h56min

Histórias inspiradoras de quem mudou a silhueta

Ela perdeu 100 kg depois de não caber mais no box do banheiro

vivabem.uol.com.br - Juliana Vaz
Lara Rosa, 38 anos, chegou a pesar 160 kg e enfrentou uma série de problemas no dia a dia, como não encontrar um lugar para sentar em uma peça de teatro. Mas, com muita determinação, conseguiu vencer a balança e ter uma vida mais saudável.
 
“Sempre lutei contra a obesidade.” Não por relacionar minha felicidade com o peso, mas por conta das dificuldades que enfrentava no dia a dia. Desde criança, a balança marcava mais do que deveria. Na época da faculdade, quando mudei de cidade, comecei a engordar para valer e ultrapassei os 100 kg.
 

Arquivo pessoal

Arquivo pessoal


Lara chegou a pesar 120 kg e tinha dificuldade para se locomover
Imagem: Arquivo pessoal

 
Tinha pouca (ou quase nenhuma) mobilidade, andava lentamente e evitava ao máximo subir escadas. Desenvolvi síndrome metabólica, resistência periférica à insulina, fibromialgia e diversos problemas na coluna e nos joelhos. Tudo por conta do excesso de peso.
 
Tentei várias coisas para emagrecer. Tomei remédio para diminuir o apetite e fiz diversas dietas restritivas. Tudo por querer resultados rápidos, mas acabava engordando novamente. Com esse constante efeito sanfona, a balança chegou a marcar 160 kg.
 
Ainda que o sobrepeso não abalasse minha autoestima diretamente, eu chamava a atenção pelo meu tamanho e sentia o julgamento das pessoas. Conviver socialmente era uma batalha. Mesmo em situações simples, como ir ao cinema, pois precisava de cadeiras especiais.
 
“O box do chuveiro também era pequeno para mim. Tinha que abrir a porta e ficar do lado de fora para conseguir lavar os cabelos quando tomava banho.”
 
A Grande Mudança
 

Foto: Arquivo pessoal

Foto: Arquivo pessoal


Imagem: Foto: Arquivo pessoal
 
A vontade de mudar definitivamente surgiu em novembro de 2013. Ao chegar no teatro para uma peça, não consegui sentar no meu lugar. Mais uma vez, não cabia na cadeira. Como era proibido permanecer em pé, fui embora e decidi, naquele dia, que ia tentar pela última vez emagrecer.
 
“Em janeiro, fiz uma lista com 20 razões pelas quais eu não desistiria de perder peso. Sempre que batia o desânimo, lia os tópicos para lembrar por que resolvi me transformar.”
 
Como o sobrepeso me impedia de fazer exercícios intensos, comecei com aulas semanais de pilates e iniciei a reeducação alimentar com um especialista. Foi só quando cheguei aos 117 kg, onze meses depois, que o médico liberou a musculação e os treinos aeróbicos.
 
Frequentava a academia todos os dias. Mantive a mesma disciplina com a alimentação: todo domingo preparava as marmitas para comer durante a semana. Em janeiro de 2016, meu pai, que já tinha sofrido diversos infartos, morreu. Foi um baque enorme. No entanto, isso me fez ter ainda mais força. Já estava com 65 kg e me agarrei com determinação na busca por uma vida saudável.
 

Arquivo pessoal

Arquivo pessoal


Imagem: Arquivo pessoal
 
Quando o ponteiro chegou aos 59 kg, os especialistas que me acompanham indicaram focar no ganho de massa muscular. Aumentei a carga dos exercícios na academia, as refeições e, com muito esforço, passei a acompanhar os resultados no espelho, não mais na balança.
 
Hoje, peso 68 kg e treino todos os dias. Agora em janeiro completei quatro anos de uma das melhores decisões que tomei na minha vida. Lido com o excesso de pele e pretendo fazer uma cirurgia plástica para removê-la, mas não encano com isso.
 
Continuo firme e sigo a mesma rotina todos os dias, mas me permito escapar da dieta nas férias ou ocasiões muito especiais. Quando bate o desânimo, releio a carta que escrevi em 2014 e vejo um filme de tudo que conquistei nesses anos.
 

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