08/06/2022 às 14h17min - Atualizada em 08/06/2022 às 14h17min

Programa Brigadas Escolares completa 10 anos de atividades preventivas nos colégios estaduais

Governador em exercício Darci Piana participou nesta terça-feira (7), em Curitiba, da cerimônia de aniversário do programa, que busca fortalecer, na comunidade escolar, as ações preventivas contra incêndios e outras situações emergenciais

- AEN

Com atuação em toda a rede pública estadual e também nas instituições de ensino especial, o programa Brigadas Escolares completou, no início de junho, 10 anos de implantação com a formação de quase 70 mil brigadistas nas escolas paranaenses. O governador em exercício Darci Piana participou nesta terça-feira (7), em Curitiba, da cerimônia de aniversário do programa, que busca fortalecer, na comunidade escolar, as ações preventivas contra incêndios e outras situações emergenciais.

“O programa Brigada Escolar é extraordinário. É importante que tenhamos isso em desenvolvimento no Paraná, dando a segurança necessária para as nossas escolas e para os pais, que ficam em casa preocupados com os filhos”, disse. “Isso complementa a segurança dos nossos alunos e é mais uma demonstração de que o poder público quando quer pode fazer a diferença”.

Pioneiro no País, o programa é desenvolvido em parceria entre a Secretaria de Estado da Educação e do Esporte, a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil e a Secretaria de Estado da Segurança Pública, por meio do Corpo de Bombeiros.

“Esse evento das brigadas é extremamente importante para a nossa educação. Elas têm um papel fundamental de prevenção para conscientizar e educar nossos alunos e profissionais para prevenir acidentes, desastres, e o que fazer em caso de enchentes. É um trabalho maravilhoso que dezenas de profissionais têm feito no nosso Estado”, ressaltou o secretário estadual de Educação, Renato Feder.

O programa se tornou referência na preparação de professores, funcionários e estudantes da rede estadual, e também das unidades de ensino especial, para o enfrentamento de situações emergenciais no interior das instituições de ensino, com a promoção de simulados para o abandono seguro das edificações. Além disso, a iniciativa auxilia na adequação dos ambientes escolares conforme as orientações e normativas do Corpo de Bombeiros.

“Disseminar a cultura de segurança e prevenção de acidentes e incêndios é o trabalho do Corpo de Bombeiros, da Defesa Civil. O programa da Brigada Escolar veio justamente atender a isso, para que nós pudéssemos levar para as nossas escolas essa visão”, disse o coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Fernando Raimundo Schunig.

No ano passado, o Brigadas Escolares foi reconhecido pelo governo federal, através do Sistema Nacional de Proteção de Defesa Civil, como exemplo de Boas Práticas no eixo “Defesa Civil na Escola”. Com o sucesso do programa, o governador Carlos Massa Ratinho Junior sancionou, em dezembro de 2021, a lei que estende as ações preventivas para as instituições de ensino municipais. O decreto com o termo de adesão para os municípios está em tramitação. Assim, além das 2.493 instituições de ensino, hoje ativas no programa, é possível que cheguem a marca de 8.500 a mais, aproximadamente.

Durante a cerimônia, prefeitos dos municípios de Céu Azul, Ibiporã, Pinhais e São José dos Pinhais assinaram um protocolo de intenções para implantar o programa na rede de ensino pública municipal.

COMO FUNCIONA – O programa é dividido em três eixos. O primeiro é a adequação das escolas de acordo com as normas do Corpo de Bombeiros, o que inclui a instalação de extintores, iluminação e sinalização de emergência. Desde 2012, o Governo do Estado adquiriu mais de 25 mil extintores, 31 mil luminárias de emergência e 83 mil placas de sinalização para os colégios estaduais.

O segundo eixo é a formação dos brigadistas. Os servidores das escolas passam por uma capacitação oferecida na modalidade ensino a distância, além de atividades práticas desenvolvidas pelo Corpo de Bombeiros. A capacitação aborda assuntos relativos a atendimento pré-hospitalar, prevenção de incêndio, combate a princípio de incêndio, e práticas do simulado de fuga, por exemplo. Dos 70 mil brigadistas formados em 10 anos, quase três mil fizeram a capacitação no ano passado.

Por fim, o terceiro eixo do programa se refere aos exercícios práticos de simulação de fuga, feito com todos os ocupantes das instituições de ensino, desde funcionários até estudantes, duas vezes por ano, uma em cada semestre. Nessas atividades, a cultura prevencionista é colocada em prática: uma situação é simulada e todos os ocupantes do local devem abandonar a escola e se reunir em um ponto de encontro, onde são dadas as orientações. Cerca de 5 mil simulados de abandono foram feitos no ano passado, somando 61 mil em todos os anos de atuação do programa.

Ao cumprir todas as etapas, incluindo os dois simulados anuais, a escola recebe um Certificado de Conformidade, que é o documento oficial do Programa que comprova que a instituição de ensino possui condições básicas de proteção à vida da comunidade escolar. No Estado, 8.449 instituições de ensino foram certificadas pelo programa Brigadas Escolares, 2.063 somente no ano passado.

“Saber que as escolas estão sendo treinadas para uma emergência nos dá muita gratidão. É um orgulho assinar em nome da Fundepar esses certificados. Nossos colégios têm mais de 50 anos em média, então esse treinamento dá a garantia de segurança para as pessoas que estão lá dentro”, destacou o diretor-presidente da Fundepar, Marcelo Pimentel Bueno.

PRESENÇAS – Participaram da solenidade o senador Flávio Arns; o subcomandante do Corpo de Bombeiros, coronel Gelson Marcelo Jahnke; o tenente-coronel e coordenador executivo da Defesa Civil, Adriano de Mello; o tenente-coronel Geraldo Hiller Lino, chefe da sétima sessão de Estado-Maior do Corpo de Bombeiros; a superintendente-geral de Ação Solidária, Cristina Ricordi; os diretores da Seed Roni Miranda Vieira, André Gustavo Souza Garbosa e Vinícius Neiva; os chefes dos 32 Núcleos Regionais de Educação; técnicos brigadistas que atuam na coordenação regional do programa; responsáveis técnicos do Instituto Fundepar; diretores e representantes das instituições de ensino estaduais e de ensino especial; e comandantes de grupamentos independentes do Corpo de Bombeiros, prefeitos da Região Metropolitana de Curitiba e demais autoridades.


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