24/05/2022 às 13h20min - Atualizada em 24/05/2022 às 13h19min

Parapentista salta pela primeira vez legalmente do topo do Everest

AFP - jornalcn.com.br
Gazeta Esportiva
Divulgação

Pierre Carter, de 55 anos, saltou na semana passada pela primeira vez legalmente de um ponto próximo ao topo do Everest, a maior montanha do mundo. "Foi um voo magnífico. Acima, através e abaixo das nuvens", afirmou.

No total, ele levou apenas 20 minutos para chegar ao vilarejo de Gorakshep, localizado a 5.164 metros.

 

As condições climáticas o dissuadiram de se lançar do topo do Everest, a 8.849 metros de altitude. Dessa maneira, o salto aconteceu de quase 8.000 metros.

"Quanto mais alto você está, mais difícil é decolar, porque a pressão do ar é mais importante e a asa não voa com tanta facilidade", explicou Peter Carter à AFP.

A façanha é notável, segundo Dawa Steven Sherpa, da Asian Trekking, empresa de expedições sediada no Nepal. "Essa é a primeira vez que o Nepal concede permissão de voo para suas montanhas".

A experiência deve, segundo ele, inspirar mais de um alpinista durante a próxima temporada, agora que as autoridades nepalesas parecem abertas a autorizar voos partindo dos cumes do Himalaia.

Até agora, apenas três voos foram registrados do Everest, todos realizados sem autorização do governo.

O primeiro foi o alpinista e piloto francês Jean-Marc Boivin, que desceu o cume de parapente em 1988. Em 2001, um casal francês o imitou como dupla, algo repetido dez anos depois por dois alpinistas nepaleses.

"As autoridades agora veem que isso pode estimular a indústria do turismo no Nepal, especialmente após a covid", disse Dawa Steven Sherpa.

O país abriu seus picos aos alpinistas no ano passado, após a pandemia de covid-19.

Carter não é um novato. Começou a escalar ainda adolescente e rapidamente se interessou pelo parapente, modalidade na qual acumula conquistas.

Desde 2005, escalou cinco das sete montanhas mais altas em diferentes continentes, começando pelo Monte Elbrus, na Rússia.

Em 2016, Carter chegou ao topo do Denali, no Alasca, mas não foi autorizado a voar. Seu próximo objetivo será repetir a façanha no topo do Maciço Vinson, na Antártida.

Desde o início da temporada, pelo menos três alpinistas, um russo e dois nepaleses, morreram tentando chegar ao topo do Everest.


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