04/02/2022 às 10h46min - Atualizada em 04/02/2022 às 10h46min

Paraná é o primeiro estado do País a aderir ao Sistema Nacional de Análises Balísticas

Formalização da adesão foi nesta quinta-feira (3), em Curitiba. Criado em 2021, o Sinab vai auxiliar as forças policiais na resolução de crimes cometidos com arma de fogo

- AEN

A Polícia Cientifica do Paraná passou a integrar o Sistema Nacional de Análises Balísticas (Sinab) nesta quinta-feira (3). O evento de adesão foi na sede da Secretaria estadual da Segurança Pública, em Curitiba, com a participação do vice-governador Darci Piana e do secretário nacional da Segurança Pública, Carlos Renato Machado Paim.

O Paraná foi o primeiro estado a aderir ao Sinab. O Laboratório de Balística Forense da Polícia Científica do Estado conta com um indexador balístico, adquirido pelo governo federal, e receberá outro em breve, comprado pelo Governo do Estado, para aumentar a capacidade de processamento de vestígios. Está sendo adquirido, também, um microcomparador balístico. O investimento nos três equipamentos é de R$ 8,3 milhões.

Darci Piana destacou a confiança que o secretário nacional depositou no Estado. “Tenho certeza que isso vai ajudar muito, não só as nossas polícias do Paraná, mas também toda a polícia do Brasil. A integração que vai acontecer num futuro próximo vai ajudar toda segurança nacional. É fundamental esse aprimoramento da Polícia Científica, principalmente na questão da tecnologia”, disse.

O Sistema Nacional de Análises Balísticas foi criado em 2021 pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública com o objetivo de auxiliar as forças policiais na resolução de crimes cometidos com arma de fogo, por meio de apurações criminais federais, estaduais e distritais.

Além do sistema, também foi criado o Banco Nacional de Perfis Balísticos, importante recurso que receberá vestígios de crimes violentos cometidos com arma de fogo de todo o Brasil, ao qual o laboratório da Polícia Científica paranaense está vinculado.

De acordo com o secretário nacional da Segurança Pública, o foco da pasta é desenvolver ações estruturantes que farão diferença na gestão. “O Sinab é uma ação estruturante que melhora não só a qualidade dos serviços da Polícia Científica, mas também da Polícia Civil e da Polícia Federal, que receberão o mesmo equipamento. Com essa ferramenta terão melhores condições de fazer a repressão qualificada e o enfrentamento a crimes que afetam a sociedade, como, por exemplo, o novo cangaço”, explicou.

O secretário estadual da Segurança Pública, Romulo Marinho Soares, destacou que o Paraná passou a ter mais credibilidade no cenário nacional porque faz um trabalho sério e comprometido com a valorização do profissional. “Aproveitamos a aquisição do governo federal de indexadores balísticos, equipamentos de alto nível tecnológico, e adquirimos mais um indexador e um microcomparador balístico, o que vai ampliar a capacidade do procedimento de indexação de análises”, disse.

Integrar o Banco Nacional de Perfis Balísticos significa um grande avanço para a segurança pública do Paraná e de todo o Brasil, porque com essa tecnologia poderemos ter uma maior resolutividade de crimes, principalmente de mortes violentas e de crimes contra a pessoa”, complementou.

EXCELÊNCIA – Para o diretor do Instituto Médico Legal do Paraná, André Ribeiro Langowiski, a adesão é a confirmação da excelência que a Polícia Científica do Paraná está demonstrando no cenário nacional. “Com isso, o Estado investe em algo fundamental para melhorar a nossa atuação através de novas tecnologias. Por meio desse banco de dados, poderemos, por exemplo, determinar se uma mesma arma foi usada para cometer crimes em diferentes estados, o que facilita na solução do crime e também melhora a integração das forças de segurança”, explicou.

Para integrar ao programa, os servidores da Polícia Científica vão passar por um treinamento. Depois o Paraná passa a inserir informações técnicas de estojos e projéteis de armas de fogo no Banco Nacional de Perfis Balísticos, os quais poderão ser utilizados para fazer análises de vínculo com armas de fogo em todo do Brasil.

Apoio da Força Nacional ajuda a reduzir incidência de tráfico e outros crimes no Oeste

Segundo o diretor do Instituto de Criminalística do Paraná, Mariano Schaffka Netto, este equipamento não só é um avanço tecnológico, mas também traz conforto aos profissionais na análise de imagens. “O Paraná foi o primeiro a receber o indexador e não foi por acaso, pois durante a primeira fase, em que a Senasp veio nos visitar, eles perceberam o engajamento e a qualidade técnica dos integrantes da Criminalística”, destacou.

ORIGEM – Durante o evento, o coordenador do Sistema Nacional de Análises Balísticas, Lehi Sudy dos Santos, apresentou a origem do programa, como será a expansão e explicou a importância de um sistema integrado, não apenas dos estados, mas também das polícias.

Com esse sistema poderemos ligar crimes cometidos com a mesma arma, identificar a arma usada no crime, além de estruturar laboratórios de balísticas em todos os estados, treinar e uniformizar procedimentos e facilitar a cooperação entre a investigação e a perícia”, afirmou.


Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »