09/11/2017 às 13h54min - Atualizada em 09/11/2017 às 13h54min

Moradores se revoltam com fezes jogadas em rio que corta a cidade de Siqueira Campos

Isaele Machado - JCN
João Estevam
Na manhã desta quinta-feira populares ficaram revoltados com a situação do polêmico rio Ribeirão da Fartura que corta a cidade de Siqueira Campos.
O rio é conhecido popularmente por ser poluído, sendo que ligações clandestinas, lixo doméstico e até animais mortos são jogados no local. O JCN acompanha o drama das famílias que moram às margens do rio desde 2013, por diversas vezes entramos em contato com a Sanepar, porém até agora nada foi resolvido.
Neste período do ano se torna mais desagradável o local, já que com o calor o mau cheiro se propaga nas proximidades. Tendo em vista este problema, na manhã de hoje moradores ficaram revoltados com a desova de fezes no local.
De acordo com informações, além do lixo e outros poluentes agora está “aparecendo” fezes boiando no rio, o que se torna um descaso, não somente pelo mau cheiro, mas também por ser problema de saúde pública.
O alto índice de poluição no Ribeirão da Fartura (principalmente fezes) pode desencadear sérios problemas de saúde para população siqueirense, principalmente aos que vivem às margens do rio.
A ausência de tratamento de esgoto traz doenças que afetam pessoas de todas as idades, mas as crianças são as mais prejudicadas. Estas doenças são causadas principalmente por microrganismos patogênicos de origem entérica, animal ou humana, presentes em água contaminada. 
Conheça algumas delas:
Febre tifoide - Doença infecciosa que causa febre contínua, mal-estar, manchas rosadas no tronco, tosse seca, prisão de ventre e comprometimento dos tecidos linfoides.
Febre paratifoide
É semelhante à Febre Tifóide, mas menos letal. É causada por infecção bacteriana, com apresentação de febre contínua, eventual aparecimento de manchas róseas no tronco e diarreia.
Shigeloses
Infecção bacteriana aguda no intestino grosso. Apresenta febre, náuseas e, às vezes, vômitos, cólicas e tenesmo (sensação dolorosa na bexiga ou na região anal). Em casos graves, as fezes apresentam sangue, muco e pus.
Cólera
Doença intestinal bacteriana aguda, com diarreia aquosa abundante, vômitos ocasionais, rápida desidratação, acidose, câimbras musculares e colapso respiratório, podendo levar o paciente a morte em um período de 4 à 48 horas, se não houver tratamento.
Hepatite A
Febre, mal-estar geral, falta de apetite, náuseas e dores abdominais seguidas de icterícia. A convalescença é prolongada e a gravidade aumenta com a idade, porém há recuperação total sem sequelas.
Amebíase
Infecção causada por um protozoário parasita que atinge os intestinos. As enfermidades variam desde uma disenteria aguda e fulminante, com febre e calafrios e diarreia sanguinolenta ou mucóide (disenteria amebiana), até um mal-estar abdominal leve e diarreia com sangue e muco alternando com períodos de estremecimento ou remissão.
Giardíase
Diarreia crônica com cheiro forte, fraqueza e cólicas abdominais, graças às toxinas que libera. Gera um quadro de deficiência vitamínica e mineral e, em crianças, pode causar a morte, se não houver tratamento.
 Leptospirose
Ocorre com mais frequência em épocas de chuva ou alagamento, pode apresentar uma simples gripe e até complicações hepáticas e renais graves.
Inúmeras outras doenças também são causadas pela falta de tratamento de esgoto, como: poliomelite, diarreia por vírus, ancilostomíase (amarelão), ascaridíase (lombriga), teníase, cisticercose, filariose (elefantíase), esquistossomose, etc. Por isso é importante cobrar das autoridades a construção e a manutenção de redes de esgoto e seu tratamento, e a população tem de fazer a disposição correta do efluente doméstico, pois o saneamento básico precário atinge diretamente a saúde da população, além de causar sérios impactos ao meio ambiente.
O JCN buscará informações novamente  junto à Sanepar sobre o ocorrido.
 
 

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