25/01/2022 às 17h58min - Atualizada em 25/01/2022 às 17h58min

Concessão do Parque do Monge é aprovada em reunião do Conselho de Parcerias do Paraná

O parque se torna a terceira Unidade de Conservação com potencial de exploração pela iniciativa privada, em parceria com o Governo do Estado, além do Jardim Botânico de Londrina. Com aprovação pelo Conselho, começam os estudos iniciais com análise de potencial do local

- AEN

O Parque Estadual do Monge, situado no município de Lapa, na Região Metropolitana de Curitiba, foi incluída no Projeto de Concessão de Unidades de Conservação (UCs) do Paraná. A decisão foi publicada nesta segunda-feira (24) em ata da 9ª Reunião do Conselho do Programa de Parcerias do Paraná (CPAR).

O parque se torna a terceira UC do Paraná no projeto de concessão à iniciativa privada, que prevê a exploração do turismo sustentável, com investimentos por parte da empresa vencedora da licitação, através de parceria com o Governo do Estado. Os investimentos realizados, como novas atrações turísticas e reformas no local, definidas no edital, retornam ao poder público e à população.

“O turismo que mais vai crescer no mundo é o de grandes negócios ligados à natureza. O Paraná possui muito potencial no setor, mas precisamos da iniciativa privada para promover atrações, conquistar novos turistas ao Estado e oferecer segurança aos visitantes”, disse o secretário Márcio Nunes, presidente do CPAR. Com a aprovação no Conselho, a próxima fase é de estudos iniciais da proposta, com análise de potencial do parque.

CONCESSÃO – A concessão de Unidades de Conservação do Paraná integra o Programa Parques Paraná, desenvolvido pelo Instituto Água e Terra (IAT). A modelagem é conduzida pela Superintendência Geral de Parcerias do Paraná (SGPAR). Ambos são vinculados à Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest).

De acordo com o diretor de Patrimônio Natural do IAT, Rafael Andreguetto, para fazer parte do projeto de parcerias é preciso ter um atrativo mínimo de infraestrutura. “Hoje o ecoturismo e o turismo de aventura bem coordenados e planejados são instrumentos para a conservação da biodiversidade em um Estado com mais de 1,2 milhão de hectares de Unidades de Conservação”, afirmou. 

O Parque Vila Velha foi concedido à iniciativa privada em 2020, sendo administrado pela Soul Parques. Também estão em fase de elaboração do modelo de concessão, com levantamento técnico, o Jardim Botânico de Londrina e o Monumento Salto São João (Centro do Estado). Já o Parque Estadual do Guartelá teve sua modelagem aprovada e anunciada aos investidores. A proposta de concessão está sendo reavaliada.

Segundo o superintendente-geral de Parcerias do Paraná, Ágide Meneguette, cada Unidade de Conservação tem seus estudos sobre os investimentos obrigatórios a serem feitos pela iniciativa privada e a viabilidade econômica que o local oferece. “Privatizar é uma coisa e conceder é outra. Em um, entregamos ao privado, e no outro apenas concedemos essa exploração por um período determinado e os benefícios retornam aos paranaenses”, disse.

MONGE – O Parque Estadual do Monge está localizado no município da Lapa, a aproximadamente 3 km da sede do município. Ele recebeu este nome por possuir uma gruta que teria sido abrigo de um monge ermitão, entre 1847 e 1855. O monge chamado João Maria D'Agostini se dedicou ao estudo de plantas da região, fazendo orações públicas e medicando enfermos, tornam-se assim um líder religioso.

Sendo assim, as principais atrações do Parque caminham na direção do turismo religioso, com a Gruta do Monge e uma fonte que, acredita-se, ser milagrosa. Os atrativos atraem um grande número de fiéis e visitantes movidos pelo poder da fé. Os romeiros deixam diversos objetos, acendem velas e colocam flores em sinal de agradecimento pela graça atingida.


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