02/12/2021 às 13h12min - Atualizada em 02/12/2021 às 13h11min

COI defende abordagem humana após nova videoconferência com Peng Shuai

AFP - jornalcn.com.br
Gazeta Esportiva
Adrian Dennis

O Comitê Olímpico Internacional (COI) organizou uma nova reunião na quarta-feira com a tenista chinesa Peng Shuai e respondeu, nesta quinta-feira, às acusações de complacência com a China, ao defender sua "abordagem humana" da situação.

"Compartilhamos a mesma preocupação que muitas outras pessoas e organizações sobre o tema do bem-estar e a segurança de Peng Shuai, mas nós optamos por uma abordagem muito humana e centrada na pessoa", afirmou a entidade olímpica em um comunicado, sem divulgar gravações de áudio ou imagens da conversa com a tenista.

O presidente do COI, Thomas Bach, conseguiu, há dez dias, o primeiro contato de um interlocutor estrangeiros com Peng Shuai.

Desta vez uma "equipe do COI" conduziu a segunda videoconferência "de meia hora", na qual a tenista "parecia em segurança e bem, levando em consideração a situação difícil em que se encontra".

"Oferecemos um apoio muito grande, seguimos em contato regular com ela e marcamos um encontro presencial para janeiro", afirmou a organização com sede em Lausanne sobre a reunião marcada pela tenista e Bach durante a primeira videoconferência.

Como em seus comunicados anteriores sobre o caso, o COI não faz referência às acusações de agressões sexuais que Peng Shuai apresentou no início de novembro contra um ex-dirigente do governo chinês. Não pediu esclarecimentos sobre o tema nem garantias sobre as liberdades de movimentos da atleta.

A postura, vista por muitos como uma maneira de manter a relação com a China, que será a sede em Pequim dos Jogos Olímpicos de Inverno dentro de dois meses (4-22 fevereiro de 2022), contrasta com a decisão anunciada na quarta-feira pela WTA, que administra o circuito feminino profissional de tênis, de suspender seus torneios no país.

“Existem diferentes formas de garantir seu bem-estar e segurança. Adotamos uma abordagem muito humana e centrada na pessoa para lidar com a situação", justificou o COI, defendendo o contato direto com o regime chinês: "Como trata-se de uma participante de três Jogos, o COI aborda suas preocupações diretamente com as organizações esportivas chinesas".

"Recorremos à 'diplomacia discreta' que, dadas as circunstâncias e a experiência de governos e outras organizações, é considerada o meio mais promissor de reagir de maneira eficaz neste tipo de caso humanitários", acrescentou a entidade.


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