29/10/2021 às 12h41min - Atualizada em 29/10/2021 às 12h40min

Comissão discute situação de portadores de doença genética ocular

A doença é rara e pode ocasionar cegueira; portadores pedem inclusão no BPC e em cotas de deficientes

Da Redação – ND - jornalcn.com.br
Agência Câmara Notícias
Divulgação

A Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados discute na próxima quinta-feira (4) a ocorrência e o tratamento da neuropatia óptica hereditária de Leber (LHON), doença genética transmitida só pela mãe, que leva à cegueira.

O deputado Jorge Solla (PT-BA), que pediu a realização da audiência, explica que os primeiros sintomas costumam se manifestar a partir dos 30 anos.

"As dificuldades começam com o diagnóstico definitivo, só possível através do exame genético, não disponível no SUS [Sistema Único de Saúde], cujo preço varia de R$ 3 mil a R$ 5 mil na rede privada", afirma o deputado, explicando que o exame é encaminhado para os EUA.

Segundo Solla, atualmente a única medicação que, às vezes, consegue estabilizar a progressão da doença é a Idebenona, que "também é dispendiosa".

O parlamentar acrescenta que os portadores da doença e seus familiares também pedem acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) e cotas em concursos públicos, por se tratar de deficiência permanente.

Foram convidados para discutir o assunto com os parlamentares, entre outros:
- o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres;
- a especialista no tema Juliana Salum;
- o representante da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS  (Conitec);
- o representante da Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SOB), Rubens Belfort; e
- o representante da Associação de Familiares, Ruy Azevedo.


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