07/04/2021 às 11h36min - Atualizada em 07/04/2021 às 11h36min

Produtos e energia elétrica ficarão mais caros após reajuste de 39% no gás natural

Isaele Machado - JCN
Ilustrativa
A partir do dia 1º de maio, os preços de venda de gás natural para as distribuidoras estarão 39% mais caros em reais por metros cúbicos.
 
Num ano a Petrobras já aumentou os preços da gasolina em 46,2%, do diesel em 41,6% e do gás de botijão em 17%, o reajuste de quase 39% de uma só vez no gás natural assustou os consumidores.
 
Há diferença entre o gás natural e gás de botijão, no país cerca de 91% das famílias utilizam o gás de cozinha e apenas 8% utilizam o gás natural (gás encanado).
 
O gás natural é destinado principalmente para a indústria (43%), geração de energia elétrica (38%) e veículos movidos a gás (9%), com as residências respondendo por apenas 2% do consumo desse combustível no país. Isso não significa que o consumidor não precisa se preocupar, pois mesmo que indiretamente, será impactado.
 
O efeito do reajuste do gás natural não será sentido imediatamente como a alta nos combustíveis e gás de botijão, porém chegará de forma indireta, pois com a alta irá gerar gastos expressivos para grande parte das indústrias que deve repassar o aumento de custos para o consumidor através de produtos vendidos, ou seja, os produtos ficarão mais caros.
 
As contas de luz também ficarão mais caras, pois o custo para geração térmica deve subir, o que tende a ser repassado aos preços pelas distribuidoras de energia, por ocasião de seus reajustes anuais.
 
De acordo com a Petrobras são três fatores que levaram a esse reajuste expressivo: a alta do petróleo, taxa de câmbio e o reajuste da parcela do preço referente ao transporte do gás pelo IGP-M.
Os segmentos industriais que mais consomem gás em seu processo produtivo estão fertilizantes, siderurgia, vidro, papel e celulose, química, cerâmica, cimento e alumínio.
 
O setor industrial será prejudicado devido ao valor que os produtos, já que para exportar globalmente o espaço ficará pequeno, pois até o momento não há reajuste desta dimensão no resto do mundo. No setor elétrico, a alta do gás natural deve afetar termoelétricas movidas a esse combustível.
 
 
 

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