Isaele Machado jornalista e autora da Coluna História Comentada
Nicolau achou o livro Certo dia Nicolau Flamel passeando entre as nuvens de seu pensamento se deparou com um livro bastante misterioso, daqueles de chamar a atenção, cheio de textos intercalados, desenhos enigmáticos que pareciam hieróglifos. Para um bom estudioso seria como uma pedra preciosa, afinal todo conhecimento é pouco. Não conseguia entender Imagino que ele tenha passado metade da vida tentando interpretá-lo, pois hieróglifos são difíceis de entender, são resistentes ao tempo e misteriosos como pessoas. Um dia ele teria encontrado um sábio que conseguiu fazer a tradução e ambos souberam que se tratava de cabala e alquimia e nele se encontrava a fórmula para a Pedra Filosofal. As estrelas de nêutrons Desde então Flamel começou a se dedicar à alquimia, diz a lenda que seguindo as instruções ele conseguia transmutar metais pesados em ouro, imaginei ele fazendo a fusão de duas estrelas de nêutrons, imagine (rs rs rs ). É, na realidade essa transmutação seria possível apenas através da fusão dessas estrelas, é o que dizem sobre a origem do ouro, mas se Nicolau conseguiu assim, tudo bem né... Enfim, ele encontrou a Pedra Filosofal Diz a lenda que ele encontrou a fórmula da pedra, a qual possuía o poder da imortalidade, e desta forma ele não morreu. Será que ele está perambulando entre nós? Acredito que não nesse sentido. Interpretando Na vida encontramos pessoas que são como o livro de Nicolau Flamel, difíceis e misteriosas para serem escritas ou interpretadas, somente um sábio paciente e entendedor poderia conseguir tal milagre, as mentes são mutáveis, enigmáticas como quebra cabeças em anagrama. A sabedoria vem da capacidade de percepção, saber ouvir e analisar e então somos capazes de entender o mundo que nos cerca, ou chegar perto disso. O ouro tão precioso, um dos motivos das grandes navegações, escravidão, guerra. Tudo isso para adornar palácios, damas e satisfazer a ganância pelo poder, maldição que os humanos carregam. Voltando a refletir, nós somos grotescos como metais pesados, porém se manuseados com maestria e delicadeza nos transformamos em pessoas acessíveis e amáveis, brilhamos numa frequência de energia capaz de deixar o lugar amarelo (feliz). Resultado de transmutação de metal pesado em ouro ou da fusão de estrelas de nêutrons, somos preciosos. Tratar bem as pessoas faz com que elas se transformem. Se Nicolau continua existindo por aí eu não sei, mas sei que podemos ser eternos nas lembranças daqueles que nos amam e acredito que nossa consciência sobreviva além da matéria. Quanto a pedra filosofal, pode ser a combinação perfeita de paz e amor.
Isaele Machado jornalista e autora da Coluna História Comentada 
