05/02/2021 às 10h36min - Atualizada em 05/02/2021 às 10h36min

Nenhum caso de Dengue foi registrado em Siqueira Campos neste período epidemiológico

Isaele Machado/SESA - JCN
Ilustrativa
Como parte do Plano Estadual de Enfrentamento à Dengue no período epidemiológico 2020/2021, a Secretaria da Saúde do Paraná vem reforçando a preparação e capacitação dos profissionais que atuam na linha de frente do combate ao mosquito Aedes aegypti e no atendimento ao usuário da saúde. Com o verão o crescimento da curva de casos suspeitos de dengue redobra a atenção da Saúde contra a doença.
Os índices de infestação apontados pela Vigilância Ambiental da SESA confirmam que cerca de 90% dos criadouros do mosquito transmissor da dengue estão nos quintais das residências e por isso a importância da participação ativa da população no combate.
Neste período de pandemia visitas em domicílios reduziram em todo o Paraná, mas a atividade não foi interrompida. Os agentes verificam as áreas externas dos domicílios, com a remoção técnica dos focos e a orientação das pessoas. Chama atenção os inúmeros criadouros encontrados em reservatórios de água; com a estiagem muita gente está armazenando água em casa e deixando os depósitos descobertos.
O último boletim da Dengue publicado no dia 26 de janeiro pela Secretaria de Estado da Saúde registra 1.946 casos confirmados. São 139 casos a mais que o informe anterior que apresentava 1.807 confirmações.
Os dados são referentes ao atual período epidemiológico com início em agosto de 2020 e término no final de junho de 2021.
Comparando o total de casos desta semana com o mesmo período do ano passado houve uma redução significativa. Em janeiro de 2020 a semana epidemiológica somava 7.618 confirmações e nesta semana o Estado totaliza 1.946.
No início de 2020 a cidade de Siqueira Campo no Norte Pioneiro do Paraná estava em estado de alerta, situação diferente, já que neste ano o município está dentro do aceitável pelo Ministério da Saúde 1 % de infestação. Em anos anteriores, como 2018 Siqueira Campos estava em 4.1% que é considerado alerta vermelho, 2017 teve o maior índice dos últimos anos com 6.76%. Neste período epidemiológico 2020/2021 não foi registrado nenhum caso de Dengue no município.  
O trabalhado de limpeza é de competência dos proprietários, porém mesmo cientes de todos os danos causados pelo mosquito Aedes Aegypti raramente limpam seus lotes.
O JCN entrevistou Lucilene Vieira da Vigilância Sanitária de Siqueira Campos para saber como está sendo desenvolvido o trabalho durante a pandemia do Covid-19. Segundo ela o trabalho continua sendo realizado apesar das dificuldades na hora dos agentes averiguarem os quintais e fazerem o trabalho de orientação.
“2020 foi um ano complicado para nós, com toda essa pandemia cada dia foi um aprendizado, nós sabemos que as outras doenças não deixaram de existir e a dengue também nos preocupou o ano todo, nós estamos o tempo todo em alerta e graças a Deus neste ano não tivemos nenhum caso de dengue no município”, explicou Lucilene
De acordo com informações os agentes trabalham fazendo a orientação em cada domicílio e estabelecimento, essa orientação é para que os próprios moradores façam a limpeza a eliminação de criadouros. Os agentes são responsáveis por orientar sobre os sintomas de uma pessoa que apresenta dengue, sobre quais são os procedimentos para eliminar os focos, entre outras informações. “Nesse tempo de pandemia foi difícil realizar um trabalho um pouco mais profundo, porque nossos agentes fazem a visita e ficam a uma distância de 2 metros dos moradores e em casas de idosos ou suspeitos, eles não entram nas casas”, disse.
 Antes da pandemia eles entravam e eles mesmos acabavam verificando os criadouros, a função deles é orientação sobre a prevenção, uma das dificuldades que encontram é que a população acha que a função dos agentes é eliminar o lixo, nos terrenos baldios ou casas. Deste modo, mesmo não sendo função, os agentes acabam fazendo a limpeza.
“Outro problema também a questão dos terrenos baldios em nossa cidade que muitas vezes gera denúncias e como trabalhamos numa equipe um pouco reduzida, o pessoal da endemia quando passa fazendo o setor e se depara com um lugar que o mato está muito alto e com acumulo de lixo, eles passam para a Vigilância Sanitária, depois o dono é procurado para que faça uma limpeza, pois com o mato alto o pessoal acaba jogando lixo. Então pedimos para que a população seja consciente, pois se a pessoa joga lixo nesses terrenos um dia pode ser vítima do mosquito, então é importante a colaboração de cada um”, finalizou Lucilene,
O verão traz mais chuvas e se torna uma condição favorável para aumentar a proliferação, então é preciso redobrar o alerta contra a dengue com a eliminação dos focos e criadouros do mosquito transmissor da doença.
Com a pandemia da Covid-19, a SESA vem orientando os gestores para que realizem um trabalho educativo junto à população, reforçando a importância da remoção dos criadouros nas residências. Não existem fórmulas mágicas para acabar com a dengue; a eliminação dos criadouros nos ambientes internos e externos dos domicílios é fundamental para que não tenha nova epidemia de dengue no período 2020/2021.
 

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