01/12/2020 às 10h15min - Atualizada em 01/12/2020 às 10h15min
Paranaense está gastando cerca de 72 % do salário mínimo em alimentos considerados indispensáveis
Isaele Machado - JCN
Ilustrativa O brasileiro está sentindo o impacto do valor dos alimentos, bebidas, combustíveis e matéria prima. O Paraná foi o estado que mais teve alta em todos os itens, estima-se que uma cesta básica média, aquela que vem apenas com os itens de extrema necessidade está custando em torno de R$380, a cesta básica grande, que vem com itens a mais (batatas, iogurte, biscoitos ) para duas pessoas custa R$450,00. Para uma família com quatro pessoas o paranaense está gastando de R$760,00 a R$ 900,00 dependendo do tamanho da cesta. Levando em consideração de o salário mínimo é de R$1045,00; o paranaense está gastando em torno de 72% salário com alimentos considerados essenciais.
Nessas cestas a quantidade de alguns itens alimentícios e de limpeza vem com 2 unidade no máximo cada, como o desinfetante, bolacha e o creme dental, logo percebe-se que esses itens não duram nem 15 dias, ou seja, a cesta que seria para um mês dura menos, somente o arroz, feijão, açúcar e sal duram o mês inteiro. Calculando desta forma, fica evidente que além da cesta, o consumidor acaba tendo que comprar itens fora do orçamento consequentemente gastando cerca de R$200,00 para completar o ciclo de um mês.
O preço de itens básicos, como feijão e o arroz, subiram 23,1% e 21,1% no acumulado do ano. O leite e óleo de soja não ficam atrás: o preço médio desses produtos aumentou 21,62% e 9,62%, respectivamente, no mesmo período.
Além da alta do dólar, que eleva os custos de produção no país e estimula as exportações, o cenário atual é reflexo de dez anos de redução de área plantada e queda nos estoques públicos, em seu menor nível desde 2010, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).