17/11/2020 às 11h45min - Atualizada em 17/11/2020 às 11h45min

Vida deve voltar ao normal no fim de 2021, diz criador de vacina com 90% de eficácia

BBC Brasil
Ilustrativa
O impacto das vacinas contra a covid-19 vai crescer rapidamente no meio de 2021, e a vida deve voltar ao normal até o próximo inverno no hemisfério norte, no fim do ano que vem. A projeção é feita por um dos criadores de uma das candidatas a vacina mais promissoras contra o novo coronavírus.
Ugur Sahin, co-fundador da companhia alemã BioNTech, também disse que o imunizante criado por sua empresa em parceria com a Pfizer pode também evitar infecções, resultando em uma “redução dramática dos casos”.
Na semana passada, a BioNTech e a Pfizer anunciaram que os resultados preliminares da vacina poderia prevenir que mais de 90% das pessoas sejam infectadas por covid-19.
Cerca de 43 mil pessoas fazem parte dos estudos da vacina das duas empresas, que ainda estão em andamento. O imunizante ainda não recebeu autorização para ser distribuído em nenhum país.
Em entrevista ao programa Andrew Marr Show, da BBC, Sahin afirmou esperar que novas análises dos resultados dessa vacina BioNTech/Pfizer apresentem tanto uma redução da transmissão do vírus entre as pessoas quanto um bloqueio ao desenvolvimento dos sintomas por quem for infectado.
“Estou muito confiante de que a transmissão entre as pessoas será reduzida por uma vacina tão eficaz. Talvez não 90%, mas talvez 50%. Não devemos, entretanto, esquecer que mesmo isso pode resultar em uma redução dramática da propagação da pandemia”, disse.
O Reino Unido deverá receber 10 milhões de doses da vacina BioNTech/Pfizer até o final de 2020, com mais 30 milhões de doses já encomendadas. O imunizante, que foi testado em seis países, é dado em duas doses, com três semanas de intervalo entre eles.
Após o anúncio da primeira vacina eficaz do mundo na semana passada, John Bell, professor de medicina da Universidade de Oxford, sugeriu que a vida poderia voltar ao normal na primavera.
“Provavelmente sou o primeiro a dizer isso, mas direi com alguma confiança”, disse Bell.
Para Sahin, que é professor na Universidade de Mainz, isso deve demorar mais.
Se tudo correr bem, disse, a vacina começaria a ser entregue no “final deste ano, início do próximo ano”.
 

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